Edição n° 59
Por Fabiana Rodovalho Nemet Nº USP: 10141070
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Pela primeira vez na história da Universidade de Campinas, mais da metade dos matriculados são oriundos de escolas públicas. O percentual chegou a 50,3% dos aprovados, resultando em um total de 3.248 ingressantes. A reitoria comemora por ter atingido a meta prevista e, sobretudo, por ter proporcionado tamanha inclusão social.
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A instituição adota um sistema de bonificação para alunos da rede publica por meio do “Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social” (Paais). O coordenador-executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), Edmundo Capelas de Oliveira, afirma que, antes, a bonificação era feita apenas para primeira faze do vestibular; à partir desse ano de 2017 a instituição irá integrar as duas fazes. “Uma das vantagens do programa é que ele permite ajustes, sempre que necessário.” Completa.
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O professor do Departamento de Sociologia, Mário Medeiros, afirma que é o dever da universidade pública cumprir essa inclusão social, “mas não contempla plenamente no que diz respeito a entrada de estudantes pretos, pardos e indígenas”. O professor destaca ainda que é preciso entender de quais escolas os alunos saíram.
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“Há uma crítica ao processo do Paais de que ele atende um perfil específico de escolas públicas [técnicas e militares], que são conhecidos como colégios de elite [entre os da rede pública]”, avaliou o professor, que integra o grupo de trabalho sobre cotas, criado pela reitoria da universidade.
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