Cuidado com aposentadoria do INSS

Edição n° 29

Por Wandir Coelho Cavalheiro

Uma das garantias do trabalhador é a aposentadoria do INSS. Mas será que podemos confiar nossa velhice a ela? Este é o tema desse artigo. Existem alguns fatores que provam que confiar a segurança da velhice a aposentaria do INSS é perigoso, por exemplo, a correção do valor pago pelo INSS é muito inferior ao salário-mínimo. Vale ressaltar que a inflação do país nos últimos anos acompanhou e, em alguns casos, superou o salário-mínimo. Outrossim, são os planos de saúde que possuem valores altíssimos para faixa etária elevada, sendo estes e outros motivos responsáveis por afetar o padrão da vida desejada no futuro. Entretanto, investindo de maneira correta em ativos financeiros é possível contemplar um futuro tranquilo e estável.

Problema do reajuste do Plano de Benefícios da Previdência Social

A atual fórmula de reajuste dos benefícios, contida no art. 41-A do Plano de Benefícios da Previdência Social (Lei nº 8.213, de 1991), garante manter o poder de compra dos aposentados e pensionistas.

Este reajuste é calculado com base no Índice de Preços ao Consumidos (INPC) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o reajuste não representa o ganho necessário para manter o poder aquisitivo do beneficiado.

Como exemplo, utilizando a correção aplicada entre 2004 a 2014, as correções dos valores pagos foram de 64% para aposentadoria e, do salário-mínimo, de 178,5 %. Utilizando o valor simbólico de R$ 1.000,00 para ambos, a aposentadoria foi corrigida para R$ 1.673,00, enquanto o salário-mínimo foi acrescido para R$ 2.785,00. Fica evidente a desvalorização da aposentadoria, logo, com o passar dos anos a aposentadoria tende a ficar menor! Em 2014, cerca de 180 mil pessoas que tinham o benefício acima do piso previdenciário, com o reajuste de 2015 passaram a ter o valor igual ao salário mínimo. A propósito, isto ocorre porque o salário-mínimo tem sido reajustado acima da inflação.

Investimentos ruins

Tendo em vista a magnitude do problema, se faz necessário investir, porém, garantindo renda complementar, o que, por sua vez, garantirá uma vida pós-aposentadoria tranquila. A caderneta de poupança e planos de previdência privada são péssimas escolhas de investimentos de ativos, portanto esses devem ser evitados como abordado nesse artigo.

A caderneta de poupança rende muito pouco, ano após ano, ficando abaixo da inflação e, assim, ocasionando uma desvalorização do dinheiro investido. Quanto aos planos de previdência privada, as taxas cobradas são muito altas, por conseguinte consomem boa parte da rentabilidade do investimento, tornando-se inviável , ou seja, beneficiando apenas os bancos e seguradoras.

Bons Investimentos

Um dos melhores investimentos nacionais é o tesouro nacional, por inúmeros fatores, dentre eles, permitir que o investidor comece com apenas R$ 30,00. É claro que o retorno será proporcional ao valor investido, todavia em qualquer seguimento da vida funciona dessa maneira, como exemplo, vender uma caixa de bala trará uma rentabilidade baixa, contudo o investimento foi baixo. Nos mesmos moldes, vender carros de luxo demanda um alto investimento, porém, proporcionará um alto retorno – é claro que isso está sendo abordado de maneira ilustrativa, descartando vários fatores. Investir em qualquer ativo não é diferente, inclusive no tesouro nacional, que é excelente para fazer aplicações em longo prazo. Leia mais sobre isso nesse artigo.