Em anexo, sigo-me.

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Edição n° 17

Por Adailton Ferreira

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Hoje meus pais longe de mim são tão sozinhos,

E eu mais sozinho ainda, aqui. Sozinho, e só, e sozinho.

Hoje há um fácil demais na espera, há uma pressa de tudo ficar como está,

E viver vem todo como se já houvesse existido.

Não choro, não gemo, pois penso somente estar triste.

Deito-lhe a minha alma, ó dia! Adormecida no silêncio de ser sem saber-se…

E ao final dos meses não quero nada; não quero nada como sempre quis.

Amor, Amar, Querer, e um apego. Ah, que esforço querer-me sentindo o mesmo,

E como se estivesse recordando, eu em um outro _aqui dentro de mim_

Em anexo, sigo-me.

Pardo, permanente e só _sou o que sou. E o que não sou, já fui um dia:

Talvez mais próximo dos meus pais. Talvez no ombro azul da namorada.

Hoje é cedo, prematuro; cedo demais para querer começar tudo de novo.

Sou criança dentro de mim…

E os meus pais… Os meus pais viveram há anos!