Edição nº 15
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O transporte público é um dos pilares de uma boa sociedade, tendo em vista que ela proporciona ao cidadão maior qualidade de vida, pois, a locomoção urbana contribui para o acesso ao melhor emprego, à educação, ao lazer, além de proporcionar justiça social, visto que todos tem o direito de ir e vir com dignidade.
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Nesta última semana, a Folha Carapicuibana foi acionada pelos moradores do bairro Jardim Veloso, representados por sr. Manuel da Silva – deficiente físico; sra. Maria Benedita, pensionista; sra. Maria de Souza, diarista nas regiões dos Jardins e Pinheiros (capital) e sr.José Texeira, da Igreja São Mateus, localizada na Av. Jatobá, 441. Os mesmos reclamam a escassez do transporte coletivo no bairro.
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A empresa incumbida de realizar o transporte público na cidade de Carapicuíba é a Del Rey Transportes, do Grupo Del Rey. De acordo com seu itinerário, o ônibus responsável pela linha 17- Jardim Veloso, deveria passar nos dias úteis das 04h30min ás 23h50min, das 04h55min ás 23h40min nos sábados e, das 07h00min ás 21;00min. Mas, de acordo com os munícipes, isso não acontece!
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Segundo os representantes dos moradores, os ônibus responsáveis por este trecho só passam das 09h00min às 17h00min nos domingos e feriados – além de só passarem de uma em uma hora. Outra queixa dos munícipes se dá em relação ao itinerário da linha, tendo em vista que, ao sair do terminal improvisado (centro de Carapicuíba), este passa por uma quantidade bem inferior de ruas. Para ser mais preciso, o passageiro que adentrou o transporte em seu bairro não terá acesso à mesma rua ao retornar do centro para casa, infelizmente, devido a um itinerário deficitário!
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Na visão dos moradores do Jardim Veloso, isso é um total descaso para com os munícipes de uma cidade com regiões tão sofridas, cujos bairros periféricos são de difíceis acessos, completamente distantes do centro, onde está localizada a estação da CPTM com o terminal Rodoferroviário (a ser inaugurado), as faculdades – incluindo a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, o Sesi, as agências bancárias (embora haja outro centro comercial extenso com bancos e centenas de comércios no bairro Vila Dirce) e toda sorte de comércios da cidade (centenas de lojas de roupas e calçados, brinquedos, presentes, lotéricas, docerias, sorveterias, pizzarias; inúmeras academias; colégios e uma série de escolas de línguas estrangeiras e de outros cursos; Mc Donald’s e outras redes renomadas de fast foods; grandes supermercados e um hipermercado com uma série de lojas, atacadões etc.), além do lindo Parque Estadual Gabriel Chucre e da entrada para o Shopping Tamboré (localizado há 03 minutos do centro de Carapicuíba), onde há centenas de trabalhadores da cidade, moradores de bairros distantes da região central. “O centro de Carapicuíba tem todos esses privilégios, pois está localizado no Km 22 da Rod. Castelo Branco, ao lado de Alphaville, saída para Osasco e para a capital, onde trabalho. Mas esse descaso com quem mora longe do centro é um verdadeiro absurdo, até porque acredito que quase todas as pessoas que trabalham nesse grande centro comercial moram nas periferias”, relata sra. Maria de Souza. “De segunda a sábado fico na dependência desta linha 17- Jardim Veloso- para chegar até o centro da cidade e embarcar pela CPTM. Já cheguei atrasada nos meus serviços e nem tenho hora certa para chegar em casa à noite”, completa.
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São cidadãos trabalhadores entregues a própria sorte, já que o poder público local, até o momento, não tomou as devidas providências. A cidade de Carapicuíba vem sofrendo com inúmeros problemas relacionados à mobilidade urbana, em especial pelo grande número de veículos particulares, oriundos de todos os bairros e regiões, gerando tráfegos imensos e lentos, até mesmo aos domingos. Por outro lado, no que tange o mérito da questão, é sabido que não são todas as pessoas que possuem acesso ao transporte individual motorizado (carros, motos) e, por esta razão, necessitam do transporte público, imprescindível para que haja justiça social, promovendo vitalidade econômica, melhor qualidade de vida e, contudo, a eficiência das cidades modernas!
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Nas grandes cidades, o transporte coletivo urbano também tem a função de proporcionar uma alternativa de transporte em substituição ao automóvel, visando a melhoria da qualidade de vida da comunidade mediante a redução da poluição ambiental, congestionamentos, acidentes de trânsito, necessidade de investimento em obras viárias caras, consumo desordenado de energia, enfim, mobilidade em geral.
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Atualmente as pessoas preferem ir para o trabalho de carro, ao passo de optar pelo transporte público. Certo é que para o transporte público ganhar mais velocidade e, consequentemente, a preferência da população, faz-se necessário o aperfeiçoamento da infraestrutura e da priorização das vias de ônibus e de metrô.
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A exemplo dos países de primeiro mundo, o futuro deve pertencer ao transporte público de qualidade, acessível a todos. Entretanto, para que isso aconteça, é imprescindível a promoção de um trabalho de conscientização para que haja mudança de mentalidade, concomitantemente à aceleração de obras que privilegiem o uso do transporte coletivo seguro como meio de deslocamento. Tão somente desta forma que o uso de carros particulares poderá ser secundarizado no Brasil. Para o bem da nação, em especial, das futuras gerações, é necessário que os programas de governo – pensados, repensados e expostos nas campanhas eleitorais, sejam, por vias de fato, postos em prática!
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