“É gente que não tem talento pra fazer outra coisa na vida”: Folha Carapicuibana sintetiza a frase do deputado Tiririca e a atribui a certos “políticos perdedores e ternos candidatos” que perseguem este trabalho filantrópico devido à imparcialidade declarada

Edição n° 87

Por Fabiana Rodovalho Nemet Nº USP: 10 14 10 70 

 

Nas palavras de Sigmund Freud, “o caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver”. Esta máxima, por vias de fato, nos ajuda a definir o nosso grau de maledicência. Quando o indivíduo diz não compactuar com as ações de pessoas com as quais, por alguma razão, escolheu conviver, quer seja na esfera pessoal, quer seja na esfera profissional, mas continua naquele mesmo âmbito, é certo que vive uma discrepância devido a contradição que equaciona seus próprios princípios. Esta é a realidade dos políticos brasileiros – com exceção de Francisco Everardo, vulgo Tiririca, o deputado federal e recordista de votos que se despede da vida publica, elencando uma série de razões para o feito.

 

Sua decisão reúne uma série de pontos emblemáticos que desmestificam a súbita verdade, sabida por todos aqueles que exercem ou já exerceram mandato político. Para ser mais preciso, sua exposição de motivos paira sobre a realidade que envolve o cenário político brasileiro, da qual muitos de nós já está farto de saber, mas poucos tem ou tiveram a oportunidade de vivenciar tais situações, direta ou indiretamente, ao passo de desistir de uma candidatura política no último instante, como fez o jovem colunista do jornal Folha Carapicuibana, o estudante de Direito Pablo Nemet, com apenas 18 anos e poucos dias.

 

Seus motivos – não tão óbvios para alguns – foram perpetuados por conta de um vídeo, veiculado ao Youtube e ao jornal Folha Carapicuibana.

 

Mentiras, falsos joguetes e gana pelo poder no cenário político da cidade de Carapicuíba

 

A propósito, eis uma figura embaraçosa e estridente na cidade de Carapicuíba que, em meio a muitas outras que realizam péssimos certames com o mero intento de ludibriar e “laçar” eleitores, se esconde por “detrás dos bastidores das mais baixas ruelas” a fim de fomentar campanhas políticas e promover seus pares. Conforme centenas de e-mails que nos foram enviados pelos leitores, os quais se mostraram solidários devido ao forte trabalho filantrópico realizado pela Folha Carapicuibana, ficou claro que mais da metade dos moradores do município soube que, há muito pouco tempo, tal indivíduo se enfureceu com o real propósito do trabalho deste jornal periódico, notóreo por não fazer campanhas políticas, mas postular os direitos do cidadão carapicuibano ao reivindicar as lacunas e disseminar as falhas do poder público local, apresentando soluções imediatas por meio de projetos técnicos e pesquisas acadêmicas por nós desenvolvidas, ao longo do ano letivo na Universidade de são Paulo.

 

Já se foi o tempo em que, no meio político de uma cidade, burlar situações e dispersar mentiras à despeito de outrem fazia algum sentido. Para o azar destes malfeitores, o mundo globalizado permite com que as pessoas se reiterem de determinados fatos por meio de fontes fidedignas, analisando, em alguns cliques, a veracidade ou, ainda, a falsidade do que fora dito.

 

Sendo assim, esses “pseudos-políticos”, antes de planejar o “modus operandi” de suas camapanhas, deveriam pensar urgentemente em ações que influenciem a mudança desse comportamento, tão prejudicial ao convívio deles próprios para com a coletividade. A ciência comprova que, na vida privada, desempenhar o papel de vítima é uma forma de pedir carinho. Na vida política, é uma maneira de se valer – quase sempre – de um fato fato hipotético para conseguir eleitores e tão logo ocupar o lugar do outro. Pela lógica, ao denegrir os “concorrentes”, o candidato ou apoiador de um candidato está proclamando a sua própria incapacidade na escolha que fez, enquanto grupos filantrópicos trabalham voluntariamente por mera ideologia, negando qualquer candidatura nas eleições, como em nosso caso.

 

Amparado por esses mesmos princípios, na tarde de hoje, dia 06/12/2017, Tiririca fez o caminho inverso: ao discernir fatos, deixou uma grande lição ao demonstrar que “de nada adianta não compactuar com os erros”, mas continuar atuando no cenário, beneficiando-se de toda a estrutura oferecida pelo Estado, às custas dos brasileiros.

 

Em poucas horas o jornal Folha Carapicuibana recebeu dezenas de e-mails relembrando a atitude assertiva do jovem colunista Pablo Nemet, em 2016. Assim como percebeu Tiririca em uma de suas frases contidas no texto abaixo, é certo que este jornal jamais enfatizará seus trabalhos para salvar mandato de bandido, tampouco para levar de volta bandido ao poder!

 

Nestes moldes, o movimento Folha Carapicuibana, no aparato dos princípios da interação e da doutrina do associativismo, a qual expressa a crença de que a reunião de duas ou mais pessoas podem encontrar soluções viáveis para auxiliar no preenchimento de lacunas urbanas, enquanto trabalha filantropicamente por uma sociedade mais justa, distingue esses malfeitores – em breve candidatos ao poder – a partir da frase deixada pelo deputado:

 

“É gente que não tem talento pra fazer outra coisa na vida”.

 

Não passam disso!

 

***Renúncia de Tiririca:

 

Leiam a análise do deputado que se despede da vida pública de cabeça erguida, outrora criticado, pela maioria, por ser um homem simples, com baixa escolaridade, mas a exceção entre simples e soberbos, entre os doutores e os antigos “descamisados” que diziam representar a classe trabalhadora, mas nunca tiveram uma atitude atestada de honra e coragem em toda a história da democracia brasileira:

 

“Desisto! Este lugar não é para mim. 513 deputados eleitos pra representar o povo mas só representam os interesses de seus protegidos. Meu povo está sofrendo pensando se vão ter dinheiro pra fazer compra no final do mês e estes caras só pensando se vão se reeleger para um próximo mandato.

 

É gente que não tem talento pra fazer outra coisa na vida. Gente que se perder o mandato não consegue emprego em nenhuma empresa séria. Graças a Deus eu tenho o dom da palhaçaria. Graças a Deus tenho saúde e força para trabalhar fora da arte também. Não me envergonharia de trabalhar como pedreiro ou pintor novamente. Me envergonharia de ter que trocar favor ou pedir dinheiro pra salvar mandato de bandido.

 

O sistema ta viciado. Tem gente em Brasília que está há mais de 20 anos emendando um mandato no outro. Ficando milionário com o empobrecimento do povo. Não quero mais concorrer a nenhum cargo político. Não quero ficar perto de deputado que faz dancinha pra comemorar a impunidade. Quero ficar perto de minha família e de Deus.

 

Durante 8 anos não faltei nenhum dia as sessões aqui em Brasília. Deixei de abraçar meus filhos no dia do aniversário para estar aqui trabalhando sério, enquanto isso via deputado faltar a semana inteira e ficar postando frase de efeito no facebook.

 

Chega! Para mim não dá mais. Vou orar para que o Brasil encontre um presidente que bote moral nos deputados. Chega de presidente que passa a mão na cabeça de gente interesseira e sem compromisso com o Brasil.

 

Deus tenha misericórdia de nós!”

 

Deputado Francisco Everardo (Tiririca).