Segundo Aécio a prisão do marqueteiro João Santana vincula Dilma diretamente ao petróleo

Edição n°1

Fabiana Rodovalho Nemet

 

A Folha Carapicuibana estreia a coluna Brasil & Mundo com uma entrevista feita nesta própria segunda-feira pela Folha de S. Paulo, via telefone. O entrevistado foi Aécio Neves, presidente nacional do PSDB. De acordo com a análise feita pelo senador, o pedido de prisão temporária do marqueteiro João Santana é o “mais grave acontecimento de vinculação da campanha da presidente Dilma Rousseff com o petrolão”.

Segundo ele, essa nova fase da Lava Jato demonstra um sério agravamento em relação ao cenário político brasileiro, sobretudo pelo fato desta investigação estar embasada em provas documentais, ou seja, desta vez a produção de provas é material e não testemunhal; existem documentos comprobatórios, o que, por si só, presume a veracidade dos fatos.

No dizeres de Aécio, “ultrapassamos a fase testemunhal das delações e chegamos à fase documental. As investigações mostram que o publicitário do PT recebeu dinheiro durante o período eleitoral” É um forte indício de que o que apontamos lá atrás, que a campanha recebeu dinheiro de propina, estava correto. Por isto, temos que ter a serenidade de não apenas fazer o embate política, mas tratar as coisas no leito adequado: a Justiça”, salientou o senador.

 

Marqueteiro João Santana e sua esposa, Mônica Moura, tem prisão decretada na 23ª fase da Lava Jato.

 

De acordo com os investigadores da Lava Jato, 7,5 milhões de dólares repassados ao marqueteiro Santana, no exterior, os pagamentos mais recentes ocorreram no final de 2014, período em que o publicitário atuava ativamente na campanha à reeleição de Dilma.

Alguns dias após findar o segundo turno das eleições, o lobista Zwi Skornicki repassou dinheiro a offshore panamenha “Shellbill Finance AS”, empresa de João Santana e de sua esposa e sócia Mônica Moura, cuja prisão também foi decretada.

A produção de provas desmascara a presidente Dilma Rousseff, evidentemente que sem argumentos lógicos que possam desmentir o que existe em termos documentais. Desta forma, são assegurados com total exatidão os processos de cassação do mandato no Tribunal Superior Eleitoral e impeachment no Congresso, trazendo uma nova esperança ao país.
Totalizando um montante de, no mínimo, 4,5 milhões de dólares, houve nove transações.  O fato é que a empresa do casal não foi declarada às autoridades brasileiras.

Segundo as investigadores da operação Lava Jato, a origem desses pagamentos advém do esquema de corrupção da Petrobras , sendo referentes a “serviços eleitorais prestados para campanha de partidos políticos”. Em outras palavras, não é caixa 2, é propina _ de uma forma ou de outra, é a cara do Brasil!

Os investigadores tiveram acesso aos fatos por meio de mensagens encontradas no aparelho celular de Marcelo Odebrecht, que, com o intuito de alerta um executivo da empresa, escreveu: “Dizer do risco cta suíça chegar na campanha dela”. Subentende-se que o dinheiro da conta chegou à “campanha dela” – Dilma Rousseff. Prosseguindo em outra mensagem de cunho grave, ele se expressa da seguinte forma: “Liberar p/ Feira pois meu pessoal não fica sabendo”. Aqui ele faz referências ao marqueteiro João Santana, que é baiano, se valendo do pseudônimo “Feira”, o que quer dizer “Feira de Santana”.

Conforme as investigações da operação Lava Jato, ao fazer junção de todas as peças, tudo se encaixa, estando claro que Marcelo Odebrecht liberou o dinheiro para Feira, já que seus próprios e-mails mostram com notoriedade sua verdadeira relação com Lula e Dilma. Para reiterar os fatos, o marqueteiro prestou falsa declaração de patrimônio à Receita Federal.

A produção de provas desmascara a presidente Dilma Rousseff, evidentemente que, desta vez, sem argumentos lógicos que possam desmentir o que existe em termos documentais. Desta forma, são assegurados com total exatidão os processos de cassação do mandato no Tribunal Superior Eleitoral e impeachment no Congresso, trazendo uma nova esperança ao país.

Para José Agripino Maia (DEM- RN), Presidente Nacional do Partido Democratas, “O mandado de prisão do marketeiro João Santana constata a recorrência de um hábito do PT que vem desde o caso Duda Mendonça, que também declarou receber pagamento com recursos do exterior. A acusação agora é a mesma. Se as denúncias forem comprovadas, isso mostra que esse é um hábito antigo praticado nas campanhas presidenciais do PT”.

O casal estava na República Dominicana para cuidar da campanha eleitoral do presidente Danilo Medina, candidato à reeleição do país. João Santana pediu dispensa irrevogável da prestação de serviço, alegando “clima de perseguição” no Brasil. Ambos retornarão com urgência às 10h desta terça-feira, dia 23, no voo 7701 da Gol, sem conforto algum, visto que esta aeronave não dispõe de Primeira Classe ou Classe Executiva. O voo partirá de Punta Cana às 2h50 (horário de Brasília), rumo ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O tempo de duração da viagem é de 7h10.
“Clima de perseguição”… para o mínimo do nosso alívio, ainda que provisoriamente, este casal continuará sendo perseguido, mas na cadeia!