Edição n° 09
Surgiu entre dois apresentadores esportivos, durante um programa de televisão. Eu estava almoçando:
__Lembra do Careca? Aquele que jogou no Cruzeiro? Está no Nápoles, sabia?
__Quê Careca? O meia-direita ou o centroavante?
__Aquele que jogou no Cruzeiro. Jogou também pela Seleção. Mulato alto, forte.
__Careca do Cruzeiro?… Não! O Careca do Nápoles é o que era do São Paulo.
__Esse mudou de clube. Estou falando do Careca alto, forte.
__Você está confundindo com o Careca do Palmeiras; loiro, de bigode.
__Aquele também está na Itália?
__Está; só não sei em qual clube.
__Mas o Careca do Nápoles não jogou aqui em São Paulo. É o mulato. Acompanhei o jogo no sábado e vi!
__Quem você viu foi o de cabelo enroladinho, do São Paulo. Ou mesmo o Careca do Palmeiras, talvez.
__Do Cruzeiro! Já lhe disse: vi o jogo!
__Então foi outro Careca, sei lá!…
E a conversa ia assim: sem pé nem cabelo; e somente demonstrando o grande desperdício que povoa o mundo da televisão brasileira.
