Quase 03 milhões de brasileiros deixam de ter plano de saúde

Edição n° 53

Por Wandir Coelho Cavalheiro

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Mais de 2,8 milhões de pessoas deixam de ter planos de saúde no Brasil nos últimos 02 anos; uma pesquisa feita pelo Ibope em 2015 revelou que 74% dos brasileiros que não tem plano de saúde queria ter condições de contratar o serviço. A resposta é bem simples para esse desejo da população: basta avaliar a pesquisa Demográfica Médica 2015 da Cremesp e CFM, a quantidade de médicos que a rede privada tem é 03 vezes maior do que o SUS (Sistema Único de Saúde) e a rede privada atende apenas 25% da população. O país tem 399.692 médicos, ou seja, quase 400 mil, o que significa que há 1,95 médico a cada mil habitantes. Entretanto, menos de 100 mil médicos são exclusivos para atender os usuários dos SUS, que representam 75% da população brasileira.

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Um país claramente vendido, onde a população menos favorecida morre tanto pela fome como pela falta de atendimento na saúde, vive sob as rédeas de um governo criminoso, cometendo um atentado contra a maioria da população, conforme os ditames da LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990:

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“§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.”

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Nossa constituição defende e garante o direito à saúde, porém, na prática, não chega nem perto de suprir a demanda que existe hoje no hospitais, a propósito, muito maior do que a oferta. Os números são ainda mais assustadores: a espera de um médico especialista não pode levar mais de 14 dias nos planos privados, em contrapartida, no SUS, os pacientes chegam esperar por um período de 02 anos.

 

Um governo ou gestão que deixa 75% de sua população à mercê de um péssimo atendimento de saúde não pode ser considerado justo ou igualitário, pelo contrário, não há justiça social, mas a discrepância se faz clara quando se trata da questão. Na busca por respostas, não tem havido nenhuma disparidade: vivemos um governo injusto que só busca pela maioria a fim de atender suas próprias necessidades eleitorais, ou seja, para se eleger e continuar dominando o poder.