Carta ao colunista Adailton: a despedida

Edição n° 51

Por Pablo Nemet

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“Espero tê-los ajudado o quanto fui ajudado por este jornal, no sentido de amadurecimento,  e de ter podido passar por uma experiência tão riquíssima: de desenvolver textos diversos, não tão longos, assuntos tão variados, imbuído na missão de divertir, fazer pensar e, principalmente, instruir”.

Adailton Ferreira

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Prezado Adailton,

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Nós quem o agradecemos por todo esse carinho para com o jornal e o parabenizamos por tamanho desempenho! A cada crônica que recebíamos, uma alegria indescritível se fazia dona deste ambiente de trabalho. Toda semana era assim… Após a leitura, sempre alguém nela nos fazia insistir… e então, parávamos… e  chegávamos a mesma conclusão: “observador, criativo, brilhante”.

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Por um lado ficamos desolados pela perda, mas, por outro, muito felizes pelo futuro que o espera; lisonjeados por tê-lo, ainda que distante, tão perto; infinitamente, nos arquivos do jornal…  nas páginas da vida.

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Desejamos que o arquiteto do universo prospere seus caminhos e que, nos dias vindouros, ambas as obras – as quais serão lançadas em Portugal – sejam marcantes como ouro, que nem o fogo derrete, e…  sinceramente?  A prata nem sequer chega perto! Estas obras representarão o grande marco de uma carreira muito próspera em sua vida; transbordando os frutos pela via, os quais se multiplicarão ao longo do tempo.

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Como eu diria ao meu amigo, o grande dom a alguém na terra atribuído, é, por vias de fato,  insubstituível… inigualável…  inconfundível… inabalável… e,  assim, permanece aludido em cada linha das 51 crônicas que escreveu sobre quem sorriu, chorou, ganhou e perdeu, de forma exclusiva , ao jornal Folha Carapicuibana. Páginas da vida. Páginas de uma realidade. Crônicas ambíguas.  A resposta que precisamos…   detrás da mais pura ambiguidade.

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Em outras palavras, na necessidade de procurar substituir o trabalho de uma coluna – ou ainda que mal feitores procurem copia-lo – , este não se iguala, não se confunde,  não se abala… tampouco se difunde… porque dom, além de intransferível, pode ser equiparado a um bem intangível:  desprovido de substância física! “E agora, José?”

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O fajuto pode tentar roubar a ideia central; a ideia acessória; a frase principal, a moral da história; pode tentar copiar o layout, copiar até alguns termos (ainda que sem saber emprega-los corretamente); clonar seus desejos; tentar imitar seu sorriso e seu bocejo, mas jamais roubará o dom para si, jamais obterá o título, jamais saboreará a cena de quem sabe o que faz… porque a única coisa que o ladrão não rouba é o conhecimento; o dom; a originalidade do que é ser autêntico.

 

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“Vocês despertaram em mim um cronista. Sou imensamente grato a todos, e continuarei sendo um leitor assíduo deste jornal, o qual, acredito, será num breve tempo referência e orgulho da cidade de Carapicuíba”.

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Obrigada por ter acreditado neste sonho!

Até breve, Adailton…

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Texto escrito por Fabiana Rodovalho Nemet

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Agradecimentos da equipe:

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Dr. João Luiz Barboza

Engª. Fabiana Rodovalho Nemet

Me.Lucas Prado

Dr. Mario Andrade

Pablo Nemet

Dr. Paulo Fonseca

Dra. Silvia Cardoso

Me.Thiago Oliveira Borges

Eng°. Wandir Coelho Cavalheiro

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