Redação do jornal Folha Carapicuibana recebe vídeo de alunos agredindo colega em sala de aula e sugere aos vereadores da grande oeste campanha contra bullying entre estudantes

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Edição:  Abril

 

Por Pablo Nemet

 

 

Há alguns dias, a redação do jornal Folha Carapicuibana recebeu um pequeno vídeo, gravado por um aluno em plena sala de aula de uma escola pública, cujo teor chocou toda a equipe: nas imagens é possível ver vários alunos desferindo tapas e chutes em um colega, que, sentado em sua carteira, não reage diante das agressões sofridas. Ao final do vídeo, um dos alunos tenta dar “cadeiradas” na cabeça da vítima, de sorte que é impedido por outro colega. Não é possível precisar se, no momento das agressões, havia um professor na sala. Todavia, os menores parecem “desassistidos” – entre eles, a vítima, à mercê da própria sorte.

 

Vídeo enviado ao jornal Folha Carapicuibana por leitor, morador da cidade de Carapicuíba

 

Esse tipo de atitude tem sido cada vez mais recorrente nas escolas brasileiras, sejam públicas ou particulares. Faz-se mister dizer que o bullying é uma intimidação sistemática que não ocorre somente nas escolas, mas em qualquer ambiente de convivência coletiva, por exemplo, no ambiente de trabalho; em ambientes virtuais; em grupos de vizinhos; em universidades; academias; clubes; em comunidades religiosas e até entre membros familiares.

 

Porém, quando o problema é verificado no ambiente escolar ou universitário, a instituição de ensino passa a ter responsabilidade e a obrigação de agir a fim de impedir qualquer violência, seja física ou psicológica. Embora os profissionais da educação saibam detectar um comportamento abjeto, a compreensão que se tem a despeito do tema é muito escassa, o que frustra o desenvolvimento de técnicas adequadas para lidar com a questão.

 

Sendo assim, os jornalistas-filantropos e editores desse periódico,  pesquisadores e estudantes da Universidade de São Paulo, Profª Eng.ª Urbanista Fabiana Rodovalho Nemet e Profº Eng. Urbanista Wandir Coelho Cavalheiro abordaram o assunto no GEP – Grupo de Estudo e Pesquisa Científica do jornal Folha Carapicuibana, levando em conta o espectro de cada situação que envolve a violência propriamente dita, pensada e desenvolvida pelos pesquisadores do periódico a partir de 03 pilares: a fata de afago; a falta de empatia e, por fim, a falta de respeito mútuo, ainda que não se tenha nenhum dos sentimentos anteriores.

 

Em seguida, foi repassado o referido vídeo a alguns vereadores dos municípios de Barueri, Carapicuíba e Osasco. O intento dos jornalistas-filantropos e pesquisadores do jornal Folha Carapicuibana é despertar o senso crítico dos agentes políticos para a criação de um programa mais engendrado em parceria com escolas – ainda que do Estado, composto por atividades educacionais e recorrente ao longo do ano, com o objetivo de combater, de forma contínua, a intimidação sistemática nas escolas.

 

A propósito, os pesquisadores do jornal sugerem um tema mais elaborado, com viés humanitário, como exemplo, “Campanha Mais Amor”, observando os requisitos da Lei 13.185/2015, conhecida como lei antibullying, promovendo medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate a este tipo de violência. Uma das propostas é a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para a implementação de ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema.

 

Para atender aos requisitos legais, o programa sugerido pelo jornal Folha Carapicuibana pode ser composto por uma série de atividades ao longo do ano.

 

Momento que Guilherme Taucci Monteiro inicia os disparos

 

 

 

Exemplo do programa “Campanha Mais Amor”, do jornal Folha Carapicuibana:

– 1ª fase (1º bimestre): oficina de leitura e redação (ex.: como vejo o mundo e como ele deverá ser; o que eu não gostaria que fizessem comigo etc.);

 

-2ª fase (2º bimestre):  cartas abertas aos colegas (ex.: o que eu faria para melhorar a vida de fulano; o que eu posso fazer para você gostar de mim);


– 3ª fase (3º bimestre):  teatros; gincanas (ex.: brincadeiras e peças teatrais com os mesmos temas das redações e cartas abertas confeccionadas nos bimestres anteriores);


– 4ª fase (4º bimestre):  jogos de raciocínio e memorização (ex.:
memorizar uma sequência de desenhos humanitários mostrados no começo de cada fase. Em seguida, lembrar quais desenhos foram mostrados, segundo a ordem em que foram exibidos).

 

A importância da fixação do tema “Mais Amor, Menos Bullying”, como exemplo:

 

De acordo com o texto da lei, entende-se que Bullying é a prática de ações que culminam em violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, praticado por um ou mais indivíduos, contra uma ou mais pessoas, cujo objetivo é intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima. Essas ações vão de xingamentos constantes ou perseguições articuladas às fofocas, calúnias, injúrias e difamações – o que ocorre muito entre os adultos e é passível de punição na esfera cível e penal, com fulcro nos artigos elencados nos Crimes contra a Honra (Código Penal brasileiro).

 

A nova norma do Bullying também enfatiza a prática do cyberbullying, configurado no momento em que o indivíduo se vale da Internet para depreciar, incitar a violência ou adulterar fotos e dados pessoais, com o intuito de criar meios de constrangimento psicossocial. Nota-se que a preocupação do legislador se voltou ao enfraquecimento do rigor nas escolas, adicionado ao surgimento do bullying, sublinhando as tecnologias cada vez mais disponíveis como ferramentas capazes de causar agressões em massa.

Nessa perspectiva, levando em conta ações tão recorrentes no cotidiano escolar, o GEP – Grupo de Estudo e Pesquisa Científica do jornal Folha Carapicuibana destacou que as estratégias psicológicas, quando bem trabalhadas, são de suma importância para o alcance dos objetivos, combatendo qualquer intimidação sistemática que provoque sofrimento. Para isto, é importante construir um programa sistêmico para os quatro bimestres do ano, em cima dos 03 pilares sugeridos (afago; empatia e respeito mútuo quando não se tem os anteriores), tendo em vista que crianças e jovens, ainda em fase de formação, são especialmente suscetíveis a esse tipo de violência.

 

A priori, é crucial considerar que o fato de haver muitos grupos de jovens reunidos em um ambiente escolar, por si só, é fator desencadeador de conflitos a partir das “diferenças” entre os alunos, dando margens às práticas inconcebíveis de discriminação, o que precisa ser urgentemente trabalhado por docentes capacitados e equipes pedagógicas.

 

Afinal, a sociedade só poderá mudar partindo de mudanças comportamentais por parte de seus membros.

 

Programa “Mais Amor, Menos Bullying”
Elaboração do tema e desenvolvimento:

Profª Eng.ª Urbanista Fabiana Rodovalho Nemet

Jornalista MTB Nº 0086670/SP

Editora Chefe do jornal Folha Carapicuibana – Diretora de Redação e Marketing

Pesquisadora do GEP/Jornal Folha Carapicuibana e Universidade de São Paulo

redação@folhacarapicuibana.com.br