Edição: outubro de 2018
Por Fabiana Rodovalho Nemet Nº USP: 10 14 10 70
Segundo a crítica, Fernando Haddad, mais uma vez, usou uma criança para fazer uma propaganda apelativa e desrespeitosa. O menor – que deve ter entre 5 e 6 anos de idade, procura uma arma na gaveta de casa e mata o pai, em tom de deboche.
O jornal Folha Carapicuibana recebeu centenas de mensagens repudiando a atitude do político. De acordo com a reflexão dos leitores, os candidatos se valem de situações abusivas a fim de alcançarem seus objetivos – usando até mesmo de uma criança que, por si só, chama a atenção de outras crianças para o fato.
Refletindo sobre as contradições, as quais envolvem a produção de uma explicação relativizada desta mensagem apelativa, o jornal Folha Carapicuibana buscou, pela própria dialética, abordar a questão mais óbvia que induz o leitor à prática reflexiva, desmontando assim a ideia central desse marketing rejeitado pela maioria:
1. Quantos filhos de policiais existem no Brasil?
2. Quantos filhos de policiais já mataram os pais e/ou algum membro da família nos últimos 50 anos?
A resposta destas questões é a chave que abre todas as portas da verdade sobre o tema, demonstrando o quanto a propaganda de Fernando Haddad é redundante e apelativa.