Munícipes reclamam e os engenheiros urbanos da Folha Carapicuibana criam projeto de intervenção urbanística como solução de reparo para projeto errado em um dos principais trechos do centro da cidade: assistam a maquete eletrônica 3D

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novembro de 2017

Por Pablo Nemet

 

Colaboração técnica dos pesquisadores:

Eng.ª Fabiana Rodovalho Nemet – Nº USP 10141070

Eng.º Wandir Coelho Cavalheiro – Nº USP 10141107

 

Para a área de urbanismo e engenharia dos transportes – que discorre sobre mobilidade urbana, o trânsito de uma cidade é consequência do sistema de transporte coletivo e do planejamento urbano. Alguns moradores do centro de Carapicuíba acionaram os fundadores do jornal Folha Carapicuibana, engenheiros urbanos e estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e relataram uma situação que, partindo do senso comum, parece não haver solução. Sendo assim, os fundadores do jornal, a fim de desenvolverem uma pesquisa técnica sobre “erros de planejamentos de engenharia para fluxo de distribuição de veículos” – os quais contrariam toda a lógica de planejamento urbano -, conversaram, a princípio, com vários motoristas, captando inúmeras reclamações sobre os transtornos causados pelos engarrafamentos diários que ocorrem na Av. Deputado Emilio Carlos, mais precisamente no trecho de acesso ao bairro de Alphaville, no município de Barueri.

 

O fato é que o recém-construído terminal de Carapicuíba obstruiu o fluxo de veículos, criando assim uma espécie de “gargalo” em um dos principais acessos ao polo de empregos da grande Oeste, o qual atrai, diariamente, 150 mil pessoas em média, conforme pesquisa FAU-USP de 2011 para a dissertação de Guatelli, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

 

O que era para ser um modelo de planejamento estruturado com a construção do “mergulhão” culminou-se em um adensamento de carros de ambos os sentidos, o que ocorre, de acordo com os profissionais e pesquisadores da área, por conta da ausência de estudos adequados do local e de estratégias correlatas ao bom planejamento, ao passo de transformar um antigo retorno em via principal, ou seja, desfazendo-se da via principal, impactando os trechos. O chamado “mergulhão” é um tipo de intervenção urbanística de embelezamento, construída com o intento de melhorar a paisagem urbana e beneficiar o escoamento do tráfego de veículos automotores –  o que, ao contrário, piorou a situação devido às técnicas adotadas no projeto executivo.

 

O mérito da questão é o problema decorrente do estreitamento de fluxo: os veículos que vêm, sentido Osasco, computam, em média, o fluxo de 70 % dos bairros da cidade de Carapicuíba (envoltos ao Parque dos Paturis), bem como dos bairros da cidade vizinha – como Quitaúna, km 18 de Osasco. Já no outro Sentido há os outros 30% dos veículos oriundos de outros bairros de Carapicuíba, incluindo, ainda, uma parcela muito significativa do município de Barueri, isto é, todos disputando o viaduto Jorge Julian, que dá acesso á Av. Consolação. Após a inauguração do terminal toda demanda de UCP (Unidades de Carros de Passeio) foi submetida ao mesmo trecho de maneira descabida, duplicando, devido ao péssimo planejamento, o tempo de espera e o trânsito caótico, conforme constatado diariamente no local.