Edição n°71
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Um estudo da Universidade de Sidney e publicado pelo Archives of Internal Medicinefaz um alerta aos sedentários no ambiente de trabalho: pessoas que passam muito tempo sentadas podem estar até 40% mais suscetíveis a morrer por qualquer causa, em comparação com aquelas que não ficam sentadas por períodos tão longos. O estudo acompanhou cerca de 222.500 adultos australianos com mais de 45 anos por cerca de três anos.
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Durante o período da análise, a longevidade foi relacionada com quanto tempo eles gastaram sentados. Em comparação com pessoas que passaram menos de quatro horas por dia, as chances de morte em quem passava mais tempo nessa posição foram:
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– 15% maior para pessoas que ficavam sentadas por pelo menos oito horas;
– 40% maior para pessoas que ficavam sentadas por 11 ou mais horas por dia.
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“Nossas conclusões reafirmam a necessidade de os programas públicos de saúde agirem a favor tanto do aumento dos níveis de atividade física como da redução do tempo em que os indivíduos passam sentados”, relatam os pesquisadores. No entanto, o estudo não prova que sentar demais mata pessoas. Ainda não está claro o que veio primeiro: uma saúde mais precária ou permanecer sentado por muito tempo.
Mesmo assim, os autores do estudo afirmam que não há dúvidas de que se movimentar é fundamental para a saúde. Um recente estudo, realizado pela Sociedade Americana do Câncer, em Atlanta, também encontrou a mesma associação. Os especialistas acreditam que esses resultados demonstram que, mesmo em diferentes populações, há uma relação evidente entre redução da longevidade e o sedentarismo.
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Os motivos dessa relação ainda não são totalmente claros, mas sabe-se que o exercício e a movimentação têm um efeito positivo sobre o funcionamento cardiovascular. “Eles ajudam no controle de triglicérides, diminuem o risco cardíaco e ainda melhoram a pressão arterial”, dizem os autores do estudo. O conselho é mudar as atitudes: em vez de mandar mensagens de texto ou e-mails a um colega, ande um pouco para dizer olá.
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Fontes e referência:
- Portal Minha Vida
- Universidade de Sidney
- Archives of Internal Medicine