Edição n° 66
.
Nos protestos de sexta-feira (5), foi destruída a estatua do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, na localidade de Rosario de Perijá. Um grupo de protestantes opositores ao governo Nicolás Maduro – sua maioria formada por estudantes do ensino médio – investiu golpes até derruba-la do pedestal da praça pública do município. Não satisfeitos os manifestantes lançaram a estatua repedidas vezes ao chão, até que a mesma se despedaçasse.
.
A imagem do ex-presidente, que estava fazendo uma saudação militar com a faixa presidencial, foi vandalizada após um confronto dos protestantes com os militares.
.
Ocorreram protestos em vários pontos do país, exigindo a libertação dos prisioneiros políticos que faziam oposição ao governo de Nicolás Maduro – entre eles se encontra Leopoldo López, acusado de comandar um golpe de Estado contra Maduro.
.
“Liberdade, liberdade!”, gritavam os manifestantes, usando camisetas com o rosto de López, enquanto avançavam a caminho de Ramo Verde, periferia de Caracas, onde o líder opositor cumpre uma pena de quase 14 anos, acusado de incitar a violência nos protestos de 2014.
.
“Não queremos confronto, violência, disparos. Queremos solidariedade para com pessoas que, como Leopoldo, estão resistindo; queremos um país sem ditadura e sem repressão”, afirmou Lilian Tintori, esposa do opositor, ao convocar a mobilização.
.
Os conflitos entre a força de segurança nacional e os manifestantes, já tiveram, neste mês, 28 mortos, dezenas de casos de saques, tiroteios e mais de mil presos.
.
A mobilização exige eleições gerais no país, respeitando a autonomia do parlamento e liberando os ativistas presos, os quais lutam pela democracia do país.
.
.
