Saiba como a guerra civil na Síria se tornou a pior crise humanitária do mundo

Edição n° 60

Por Wandir Coelho Cavalheiro

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A essas alturas todos devem estar cientes do ataque ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na quinta-feira (07), em face da Síria. Foram lançados, ao todo, 59 mísseis de cruzeiro, modelo “Tomahawk”, por dois navios americanos de guerra.

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Entretanto, poucos conhecem o motivo pelo qual o pequeno país de 185 mil metros quadrados – mais ou menos do tamanho do Estado brasileiro do Paraná – se tornou o “inferno na terra” para a sua população. Hoje a Síria é o centro da preocupação humanitária, pois a guerra está deixando a população em condições terríveis, com aproximadamente 470 mil mortos e 05 milhões de refugiados abandonando o país.

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Para canalizar os problemas que levaram o pequeno país do mediterrâneo a atual crise, se faz necessário entender um pouco da politica dele.

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Tudo se inicia em 1967 com a “Guerra dos Seis Dias”, envolvendo alguns países árabes, incluindo a Síria que sofreu uma grande derrota perdendo boa parte do seu poderio militar. Logo, o chefe das Forças Aéreas, Hafez al-Assad, aproveitando a sensibilidade que o país passava, deu um golpe de Estado em 1970. Desde então o país é comandado por um regime ditatorial.

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Desde então o país passa por algumas tensões e conflitos internos, infelizmente pode se dizer que nada fora do normal para muitos países pequenos. O cenário da Síria começa a mudar: o país tem um novo presidente, Bashar al-Assad filho, entretanto, continua ditatorial.

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Em 2011, um movimento pacifista contra regimes ditadores chega á Síria, chamado de “Primavera Árabe”. Em resposta o ditador Bashar al-Assad ordenou que o exército matasse boa parte dos manifestantes. Parte da oposição do seu governo respondeu com uma revolta armada.

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Em 2012, a Síria divulgou que possuía armas químicas. O presidente americano, Barack Obama, amaçou intervir com força militar caso Assad ultrapasse os limites impostos pelos EUA.

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Em 2013, a Síria uso as armas químicas em um ataque contra Ghouta, que, no momento, era controlada por um dos vários grupos de rebeldes que eram oposição de seu governo. A guerra tornou-se mais intensa e descontrolável quando o grupo terrorista, Estado Islâmico, se valeu da fragilidade politica e militar do país para tentar toma-lo.

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A partir daquele momento o governo ditatorial de Assad tinha que lidar com vários grupos rebeldes e com o temido Estado Islâmico, tentando tomar conta do país.

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No ano de 2014, Barack Obama liderou um ataque contra o Estado Islâmico – que já controlava quase a metade do país. Só que como muitos países eram contra o governo do Assad e viram que, ali, ele teria uma oportunidade de se livrar do inimigo, ficaram de fora.

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