Edição n° 52
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Já era de se esperar que o ex-presidente da Câmara e ex-deputado, Eduardo Cunha (PMDB), se valesse da morte de dona Marisa a fim de se justificar diante de um magistrado, afinal, do que não é capaz um homem, veemente determinado a chegar aonde chegou, fazendo tudo o que fez?
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Na audiência de terça-feira (7), cuja duração foi de 3 horas, o mesmo leu uma carta de próprio punho afirmando que sofre de aneurisma e que não pode trata-la na prisão que está detido atualmente.
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“Eu gostaria de dizer que eu também sofro do mesmo mal que acometeu a ex-primeira dama Marisa Letícia, o aneurisma cerebral. Aproveito até para prestar à minha solidariedade a família pelo passamento”, disse o ex-presidente da Câmara.
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Esse foi o primeiro interrogatório de Cunha diante do juiz, Sergio Moro. O ex-presidente da Câmara dos deputados foi responsável por abrir o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff(PT).
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Até o momento, o “peemedebista” tinha optado pela estratégia de silêncio e jamais demostrou que colaboraria com a Policia Federal e com o Ministério Público nas investigações.
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Nesta ação – a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado é acusado de ter recebido, em suas contas na Suíça, propinas de, ao menos, R$ 5 milhões, valor este referente à aquisição, pela Petrobrás, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na Costa do Benin, na África, em 2011.
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Na saída da audiência, o advogado de Cunha, Marlus Arns, falou sobre a citação à Temer e ressaltou que seu cliente negou a cobrança de propina. “Em nenhum momento ele admitiu essa questão da propina e negou categoricamente que existia essa questão da propina”, afirmou o defensor.
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Cunha também pediu a “revogação da prisão preventiva”, pois alega que ter dupla cidadania não é um risco para fugir do país, afirmando, ainda, que não possui recursos no exterior.
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Nestas alturas, os pormenores descritos na carta deste homem representam a “medida de dissimilaridade” entre um homem de bem e um homem dissimulado. Tais homens são “peças raras”, logo, são merecedores dos cuidados do homem mais temido do país!
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“Independentemente de bandeiras partidárias, eis o homem mais influente e mais temido do país: Sérgio Moro, representando a bandeira brasileira; a esperança de um país mais justo, sem corrupção e sem pormenores”. Fabiana Nemet, editora chefe do Jornal Folha Carapicuibana
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