Após engenheiros da Folha Carapicuibana realizar cálculo médio por Km rodado pago por passageiro de ônibus, equipe parabeniza vereador que apresenta requerimento embasado nestes dados, contra aumento da passagem

Edição n° 52

Por Pablo Nemet

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Nesta última terça-feira (7), um requerimento do vereador “Professor Ladenilson” (PMB) foi votado na Câmara Municipal de Carapicuíba. O requerimento apresentado discutia sobre o aumento abusivo da passagem de ônibus, que foi de R$ 3, 80 para R$ 4,20.

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Antes de ser votado, o vereador fez uso do microfone para justificar aos munícipes o porquê da demora desse requerimento.

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Se sucede que, de acordo com matéria autoral do jornal Folha Carapicuibana, desenvolvida e publicada na edição Nº 47 desta coluna, que foi ao ar dia 09 de janeiro, os engenheiros dos transportes da Folha Carapicuibana realizou o cálculo médio por Km rodado que um passageiro paga no ônibus municipal, constatando assim que as empresas de transportes de Carapicuíba OMITEM dados relevantes à população.

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Sendo assim, conforme a afirmação dos engenheiros do jornal, comprovada em suas pesquisas autorais, o referido vereador frisou de forma coerente, em sua fala, o fato de Carapicuíba possuir um dos Km mais caros de todo o Brasil, ainda antes do aumento, bem como o fato de ser inaceitável o preço estabelecido pelo antigo prefeito Sergio Ribeiro (PT), que entrou em vigor 02 dias antes de seu mandato ser finalizado.

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O vereador salientou, ainda, que a câmara municipal perdeu atitude nos últimos anos; como o poder Legislativo perdeu influência mediante aos poderes Executivo e Judiciário, e que essa influência deveria ser reconquistada nesta nova gestão.

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O requerimento foi deferido por decisão unânime. Isto significa que, agora, tudo depende do Prefeito Marcos Neves (PV), ou seja, o chefe do executivo é que decide se o preço da passagem será R$ 4,20 ou voltará a ser R$ 3, 80.

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É com equidade, em prol do bem comum, que, a Folha Carapicuibana, mais uma vez, solicita ao prefeito Marcos Neves que se atenha aos dados da nossa pesquisa aos fins a que se destina – como o requerimento do vereador a fim de beneficiar a população da cidade.

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Relembre matéria publicada na Edição Nº 47 da coluna SOS Prefeito:

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ABSURDO – Empresas de transportes de Carapicuíba OMITEM dados relevantes à população: engenheiros dos transportes da Folha Carapicuibana realiza o cálculo médio por Km rodado que um passageiro paga no ônibus municipal

O mais correto é que toda empresa que presta serviços à população seja o mais transparente possível. Porém, não é o eu acontece em Carapicuíba!  Sabe-se que as duas empresas que operam na área de transporte público no município não têm sido muito fiéis no dever de prestar contas à população, ou, ainda pior: a prefeitura pode estar agindo de forma omissa em cobrar as informações.

O itinerário de uma linha na cidade de Carapicuíba é, em média, de 8 km, entretanto, será utilizada como exemplo a linha clássica “120 – Centro a Aldeia de Carapicuíba”, que possui 8,6 km. Esta linha atravessa a cidade inteira pela principal Avenida – Inocêncio Seráfico, espinha dorsal do meio de locomoção da cidade.

De acordo com o decreto da Lei 4.692 de 26/12/2016 da Prefeitura Municipal, a tarifa do ônibus subiu para R$ 4,20.

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4,20÷8,6=R$ 0,48 por km rodado

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Entretanto, de 60 a 70 % dos passageiros fazem, em média, apenas 60% do percurso. Isto significa que estes passageiros percorrem, em média, apenas 5,16 km. Logo, tem-se o custo pago por km rodado:

Existem linhas menores, como a Linha “113 – Hospitales”, que percorre 8,3 km, assim como a Linha “107 Cohab”, que percorre 7,1 km.

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4,20÷5,16=R$ 0,81 por km rodado

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Mas por qual razão o jornal fez a comparação do valor pago por passageiro por km rodado em Carapicuíba com o valor pago por passageiro por km rodado em Curitiba?

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Para os profissionais de engenharia, especialistas em transporte terrestre, do jornal Folha Carapicuibana, o mais intrigante e absurdo é que as duas empresas que prestam o serviço de transporte para a cidade de Carapicuíba, o “Grupo Del Rey” e “ETT Carapicuíba”, revelam bem pouco sobre sua prestação de serviços à população. A titulo de exemplo, podemos citar que o Grupo Del Rey, ao fornecer o itinerário das linhas em seu site, não esboça um mapa, mas apenas os nomes da ruas e avenidas. Desta forma, é impossível saber com precisão o percurso do transporte público, pois inviabiliza a projeção dos cálculos para saber o custo médio que o passageiro paga por Km rodado.

Já a ETT Carapicuíba pública o mapa, porém, sem o nome das ruas, de maneira que não é possível realizar a consulta. Em alguns casos – para piorar a situação, existem mais de uma linha de ônibus no mesmo mapa, dificultando ainda mais a interpretação do mesmo.

Por sua vez, em Curitiba-PR, a empresa responsável, a “URBS”, demostra à população todo o custo dos encargos que a empresa tem, considerando todos os fatores, tais como:

grafico-1215

https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/transporte/tarifas-custos

Constatamos que as Linhas da capital do Paraná tem, em média, 12 km. Em contrapartida, o valor da tarifa do transporte é de R$ 3,70. Logo, o custo do Km rodado para o passageiro sai por:

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3,70÷12=R$ 0,30 por km rodado

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Em respeito ao povo carapicuibano, eis a pergunta que fica no ar:

Considerando o fato de que a capital paranaense possui 380 linhas, contando com as linhas de turismo, ambas muito bem descritas e com um custo bem inferior ao valor do Km rodado em Carapicuíba, município que, por sua vez, possui miseras 28 linhas (juntando as linhas municipais e intermunicipais de ambas as empresas, Grupo Dey Rey e ETT Carapicuíba), levanta-se uma questão em respeito ao povo carapicuibano: tendo em vista este fato curioso, revelado pelo jornal Folha Carapicuibana, as empresas de transportes da cidade “não conseguem demonstrar” ou “não querem demonstrar” os seus custos à população?

Será que alguém saberia explicar “o porquê” desta omissão???