Populismo , povo e antipovo: o mal do século XXl

Edição n° 50

Por Wandir Coelho Cavalheiro

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A palavra “Política” vem do grego “politeia” (muitos Estados). Na antiga Grécia a sociedade era organizada em cidades independentes, ou seja, cada uma tinha sua própria estrutura de leis, estrutura social e econômica, cada cidade era dominada como polis.

A política é a arte de governar e buscar gerir os rumos de um país, Estado ou município, sendo da melhor forma. Entretanto, a política na República consiste em um governo que os líderes são nomeados pelo cidadão e exercem seus cargos por um espaço de tempo limitado. Logo, pode-se dizer que esses líderes – ou melhor, representantes pleiteados por meio da votação – tem necessariamente que buscar as melhores decisões para todos os que compõem a sociedade.

Só que o populismo está ganhando força com base na intolerância que cresce cada dia mais! O ato populista consiste em dividir a sociedade em duas – que pode ter vários nomes, mas para mensurar de maneira mais didática, será tradado como o “povo” e o “antipovo”.

O povo é classificado pelo governo populista. Normalmente é uma parcela da população que é incentivada a odiar a outra parcela – que seria o antipovo.  No Brasil, esse tipo de governo ganhou força por meio do socialismo, mais precisamente após a queda do muro de Berlim, seguido da dissolução da união Soviética, tendo em vista que, após sua extinção, os tiranos socialistas perderam seus financiamentos. Em virtude disto, foi necessário recorrer a outros meios, como o “meio do populismo”.

O socialismo prega que o proletariado – ou a classe trabalhadora (grande parte da população) –  tem que se revoltar ou, ainda, odiar os detentores de recursos. Entretanto, o socialismo moderno está indo além ao pregar as lutas de classes, gênero e raça, induzindo, assim, boa parte da população a acreditar que faz parte da minoria, induzindo-a ao repúdio face a outra parte da população. Ademais, não há a presença do principio básico: o dever de governar para todos. Pelo contrário. Por meio de uma ferramenta, a qual podemos chamar de “pão e circo” da atualidade, o governo anterior levou o país a um colapso econômico evidente, o que ocorreu por uma série de razões, fazendo, ainda, crescer a intolerância da sociedade.

A propósito, a intolerância é uma bomba relógio que abre as portas para todos os tipos de tiranos. A titulo de exemplo, citamos “Donald Trump”, que, mesmo não sendo socialista, se valeu da ferramenta do populismo e prega a intolerância: nesta sexta-feira (27), o novo presidente norte americano baniu a concessão de visto para 07 países mulçumanos (Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, Líbia e Somália). Trump pregou em sua campanha a xenofobia contra mulçumanos e latinos, de forma clara e explícita.

O fato é que a intolerância abre as portas para mudanças criticas, e na sua maioria, maléfica, como no caso da Alemanha com Hitler. No Brasil nunca se falou tanto de política, entretanto, os populistas estão dividindo o país. A ex-presidente Dilma Roussefff, em seu ultimo ato contra seu impeachment, tarjou todos aqueles que se posicionam contra ela de brancos, ricos, coxinhas e golpistas, contrariando o sistema democrático. O pior que, de maneira  maquiavélica – como parte do jogo populista – , Dilma obrigava todos os pobres a se posicionarem a seu favor, do contrário, seriam estes “falsos coxinhas” ou “falsos ricos”, pregando ódio entre a população e a dividindo por um ato constitucional que a mesma vinha sofrendo, fazendo apologia à violência por meio de xingamentos medíocres, se valendo de ferramentas baixas e grotescas em face da outra parte; tanto quanto apelativas.

O Brasil tem que entender que a hora da mudança chegou e é fato que ela vem ocorrendo, independentemente da vontade das partes. Na história do governo nunca houve tantos políticos presos, porém, dada a divisão da população – ou seja, se colocando uma parte contra a outra, escancaram-se as portas para um mal maior, como a perca da republica para uma eventual ditadura. Não se esqueça: os extremos nunca são bons!

 As ideias e pontos de vistas politicas tem que ser discutidos  e debatidos de forma inteligível e não combater as pessoas que a propagam.