COPOM do Banco Central Decide reduzir os juros

Edição n° 48

Por Wandir Coelho Cavalheiro

 

O Comitê de Política Monetária (COPOM) decidiu cortar a taxa básica de juros, que é o Sistema Especial de Liquidação – Selic, caindo de 13,75% para 13% ao ano. Logo, todos os bancos irão reduzir as taxas de juros de créditos.

“Há uma projeção no sentido de que os juros venham caindo paulatinamente, porém, responsavelmente. Isso, curioso, já teve repercussão no mercado financeiro. Vocês viram que os bancos já começaram a reduzir também as suas taxas de juros [para o consumidor”, afirma o Presidente da República, Michel Temer.

Coincidentemente a queda de juros ocorreu junto à menor taxa de inflação em três anos, como indica o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2016 em 6,29%. O Banco Central espera que o custo de vida do brasileiro continue a desacelerar nos próximos meses e que, até o findar de 2017, o IPCA esteja em 4%, permitindo que a inflação brasileira fique abaixo dos 4,5% desde 2009.

De acordo com o cálculo do ex-diretor do Banco Central (BC) e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, o governo deve economizar até R$ 75 bilhões com o pagamento de juros da dívida em 2017, graças à Selic menor. O corte da taxa também ajudou a turbinar o mercado de capitais. Ontem, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reagiu com otimismo à decisão do BC e subiu 2,41%, puxada por papéis dos setores de consumo e imobiliário, que se beneficiam de juros menores. O dólar recuou 0,5%, a R$ 3,176.

Com a Selic em baixa e a desaceleração da inflação, pode-se esperar que economia do país voltará a crescer timidamente, entretanto, como esperado, a atual gestão do executivo está colocando o país de volta nos trilhos. O Economista José Francisco Gonçalves estima que a Selic, neste ano, será reduzida para 9,5%.