Edição n° 47
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COLABORAÇÃO
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Diretores- Editores Chefes:
Fabiana Rodovalho Nemet – Código de aluno USP: 10141070
Wandir Coelho Cavalheiro – Código de aluno USP: 10141107
O mais correto é que toda empresa que presta serviços à população seja o mais transparente possível. Porém, não é o eu acontece em Carapicuíba! Sabe-se que as duas empresas que operam na área de transporte público no município não têm sido muito fiéis no dever de prestar contas à população, ou, ainda pior: a prefeitura pode estar agindo de forma omissa em cobrar as informações.
O itinerário de uma linha na cidade de Carapicuíba é, em média, de 8 km, entretanto, será utilizada como exemplo a linha clássica “120 – Centro a Aldeia de Carapicuíba”, que possui 8,6 km. Esta linha atravessa a cidade inteira pela principal Avenida – Inocêncio Seráfico, espinha dorsal do meio de locomoção da cidade.
De acordo com o decreto da Lei 4.692 de 26/12/2016 da Prefeitura Municipal, a tarifa do ônibus subiu para R$ 4,20.
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4,20÷8,6=R$ 0,48 por km rodado
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Entretanto, de 60 a 70 % dos passageiros fazem, em média, apenas 60% do percurso. Isto significa que estes passageiros percorrem, em média, apenas 5,16 km. Logo, tem-se o custo pago por km rodado:
Existem linhas menores, como a Linha “113 – Hospitales”, que percorre 8,3 km, assim como a Linha “107 Cohab”, que percorre 7,1 km.
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4,20÷5,16=R$ 0,81 por km rodado
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Mas por qual razão o jornal fez a comparação do valor pago por passageiro por km rodado em Carapicuíba com o valor pago por passageiro por km rodado em Curitiba?
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Para os profissionais de engenharia, especialistas em transporte terrestre, do jornal Folha Carapicuibana, o mais intrigante e absurdo é que as duas empresas que prestam o serviço de transporte para a cidade de Carapicuíba, o “Grupo Del Rey” e “ETT Carapicuíba”, revelam bem pouco sobre sua prestação de serviços à população. A titulo de exemplo, podemos citar que o Grupo Del Rey, ao fornecer o itinerário das linhas em seu site, não esboça um mapa, mas apenas os nomes da ruas e avenidas. Desta forma, é impossível saber com precisão o percurso do transporte público, pois inviabiliza a projeção dos cálculos para saber o custo médio que o passageiro paga por Km rodado.
Já a ETT Carapicuíba pública o mapa, porém, sem o nome das ruas, de maneira que não é possível realizar a consulta. Em alguns casos – para piorar a situação, existem mais de uma linha de ônibus no mesmo mapa, dificultando ainda mais a interpretação do mesmo.
Por sua vez, em Curitiba-PR, a empresa responsável, a “URBS”, demostra à população todo o custo dos encargos que a empresa tem, considerando todos os fatores, tais como:
https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/transporte/tarifas-custos
Constatamos que as Linhas da capital do Paraná tem, em média, 12 km. Em contrapartida, o valor da tarifa do transporte é de R$ 3,70. Logo, o custo do Km rodado para o passageiro sai por:
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3,70÷12=R$ 0,30 por km rodado
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Em respeito ao povo carapicuibano, eis a pergunta que fica no ar:
Considerando o fato de que a capital paranaense possui 380 linhas, contando com as linhas de turismo, ambas muito bem descritas e com um custo bem inferior ao valor do Km rodado em Carapicuíba, município que, por sua vez, possui miseras 28 linhas (juntando as linhas municipais e intermunicipais de ambas as empresas, Grupo Dey Rey e ETT Carapicuíba), levanta-se uma questão em respeito ao povo carapicuibano: tendo em vista este fato curioso, revelado pelo jornal Folha Carapicuibana, as empresas de transportes da cidade “não conseguem demonstrar” ou “não querem demonstrar” os seus custos à população?
Será que alguém saberia explicar “o porquê” desta omissão???