Mudança de pagamentos de cartões de créditos prejudicam bancos pequenos

Edição n° 44

Por Wandir Coelho Cavalheiro

O pagamento por meio de cartões magnéticos já está consolidado na sociedade há muito tempo, de modo que, atualmente, se pode pagar por crédito, debito automático e até mesmo vales de todos os tipos. Essa facilidade – e oportunidade –  abriu as portas para muitas instituições financeiras pequenas que oferecem este serviço de pagamento por cartões.

Esse sistema consiste basicamente na intermediação que a instituição faz entre o comerciante e o comprador, cobrando uma percentagem da transação e, em alguns casos, mensalidade fixa. Logo, se pode dizer que o comprador paga a financeira e a financeira paga o vendedor até 30 dias. Caso ele precise desse credito num prazo menor, pagará uma taxa para resgatar suas vendas antecipadas.

Entretanto, nesta quinta-feira (15), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com seu plano de impulsionar a economia reduzira o prazo de 30 dias para 48 horas. O intento da medida é fazer com que o dinheiro volte a circular mais rapidamente, estimulando o mercado.

O problema da medida é que as instituições financeiras menores alegam não poder cumprir tais exigências. A titulo de exemplo, temos a operadora Nubank, empresa que oferece pagamentos por meio de aplicativos de smartsfones . Desde 2014, a empresa se tornou uma gigante nesse mercado: ela já emitiu 1 milhão de cartões

. A cofundadora, Cristina Junqueira, afirma “Mudar dramaticamente, reduzir o prazo para dois dias, isso seria apocalíptico para a gente. Nós já fizemos algumas simulações. Com dois dias é apagar a luz e fechar a porta. Com 15 dias, a gente precisaria de quase R$ 1 bilhão de capital adicional do dia para a noite. E, mesmo que os outros bancos emprestassem o dinheiro, eu não tenho margem para pagar o custo mensal da dívida. Hoje, meu custo de capital é bem mais alto que 1,5%”.

 

Nota do jornal

A medida tomada pelo Ministro da Fazenda é muito boa e viável, tendo em vista, que será ejetado mais dinheiro no mercado melhorando sua rotatividade. Nos EUA (Estados Unidos da América) as operadoras de castões operam nesse prazo de 48 horas para creditar seus valores aos clientes. Entretanto, essa medida além de prejudicar pequenas operadoras como Nubank, pode favorecer o oligopólio, isto é, poder centralizado nas mãos de grandes bancos já consolidados como, Itaú, Bradesco,  Cielo, etc.  Lembrando que maiores custo resultam em repasses e isso normalmente é repassado no efeito cascata, por exemplo, os bancos aumentam as taxas cobradas dos lojistas e os lojistas, por sua vez, repassa ao consumidor final. De modo geral essa estratégia ira fazer a “grande roda” da economia “girar”, aumentando a arrecadação do governo sem agredir em grandes proporções o cidadão comum, mais uma atitude plausível do governo para contornar a atual crise dentro da economia.