Estrabismo ou vesgueira

Edição n°44

Por Thiago Oliveira Borges

 

O estrabismo é um desequilíbrio na função dos músculos oculares, fazendo com que os olhos não fiquem paralelos. No estrabismo ou vesgueira pode ocorrer que um dos olhos esteja desviado.

Seis músculos em cada olho controlam os movimentos dos olhos. Para focalizarmos ambos os olhos em um objeto, todos os músculos de cada olho devem estar “balanceados” e trabalhando harmoniosamente. O cérebro controla estes músculos através de impulsos nervosos. Assim, doenças que afetam o cérebro, como paralisia cerebral, Síndrome de Down, hidrocefalia, prematuridade, viroses, traumas e tumores cranianos são acompanhadas frequentemente de estrabismo.

Existem diversos tipos de estrabismo; o olho afetado pode estar desviado em direção ao nariz (estrabismo convergente), para o lado (estrabismo divergente), para cima ou para baixo (estrabismo vertical). Pode haver uma combinação de desvio horizontal e vertical num mesmo paciente, como exemplo, em direção ao nariz e para cima.

Sintomas: os olhos não ficam paralelos.

O estrabismo pode estar presente já no início da vida ou surgir mais tarde, ainda na infância. Pode aparecer ainda mais tarde, mesmo em adultos, neste caso geralmente causado por alguma doença física não ocular, como o diabetes e doenças neurológicas, ou devido a um traumatismo na cabeça. A incidência, neste último caso, tem-se tornado mais frequente com o aumento dos acidentes de trânsito. Quando surge no adulto, ou na criança grande, o primeiro sintoma do paciente é a visão dupla. Nos estrabismos adquiridos mais cedo, não há esse sintoma.

A baixa visão, que também é chamada de ambliopia, pode ser curada, desde que um tratamento adequado se inicie muito cedo, antes dos dois anos de idade. Depois disso, as possibilidades de cura pioram rapidamente, pois células cerebrais atrofiadas tem menor possibilidade de serem recuperadas. É por esse motivo que o estrabismo é uma questão de urgência. A criança deve consultar um médico oftalmologista especializado em crianças o mais rapidamente possível, assim que o desvio dos olhos é percebido. Por outro lado, todas as crianças devem fazer um exame oftalmológico de rotina, mesmo que não haja nenhuma queixa quanto aos olhos, em torno de um ano de idade, pois há estrabismos de pequeno ângulo de desvio, que não são percebidos pelas pessoas não especializadas, mas são suficientes para causar visão dupla. Além disso, pode ocorrer que a criança tenha um problema.