Edição n° 42
Nesta última sexta-feira (02), o relatório final, realizado pela Comissão Processante que havia votado a favor da cassação do mandato de Paulo Xavier, composta então pelos vereadores Tantinho (PPS), Alexandre Pimentel (PCdoB) e José Salvador (PRB), foi aprovado por unanimidade na Sessão Extraordinária da Câmara Municipal. Segundo o vereador Alexandre Pimentel, a cassação do mandato de Paulo Xavier se deu pela quebra de decoro parlamentar.
Paulo Xavier, vereador de seis mandatos na casa legislativa, segue detido desde o mês de março devido as acusações de nepotismo (contratação de parentes), contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete e falsidade ideológica. De acordo com o Ministério Público, a investigação durou dois anos e se iniciou após a denúncia de um ex-assessor do vereador.
Nos dizeres de Alexandre Pimentel, “desde que a Comissão foi formada nesta Casa, em junho, realizamos um exaustivo trabalho visando avaliar a situação do nobre vereador de forma isenta. Durante todo o processo, procuramos garantir amplo direito de defesa ao Paulo. Mas a base documental do Ministério Público não deixa espaço para dúvidas, e a falta de argumentação dos advogados de defesa do parlamentar nos levou a concluir o relatório desta forma”.
O advogado de Paulo Xavier foi devidamente notificado pelo presidente da Câmara, Abraão Júnior (PSDB), a fim de que pudesse ser exercido o direito de defesa de seu cliente, o que se daria no ato desta votação. Na ocasião, conforme os parâmetros legais, foram concedidas três oportunidades para que o defensor pudesse se pronunciar. Todavia, nenhum representante legal de Xavier compareceu ao plenário.
O presidente da Câmara, Abraão Júnior, ressaltou a importância do trabalho do vereador cassado. “O Paulo Xavier realizou um importantíssimo trabalho como vereador. É com muito pesar que, hoje, nos reunimos aqui para votar este parecer da Comissão. Infelizmente, são muitas provas contra ele e lamento nenhum representante da defesa ter comparecido”, finalizou.
Aparado por embasamento legal e sabedoria, o vereador Álvaro Abílio (PSB) lamentou o momento: “É uma hora muito desagradável para todos nós. Lamentamos profundamente por esta decisão, mas a Lei precisa ser cumprida e temos, acima de tudo, que dar uma satisfação à sociedade”.
Em seguida, o vereador Zé Amiguinho (PDT) completou: “sabemos que o Paulo Xavier tem seu nome em destaque na história de Carapicuíba. Um vereador de seis mandatos, que sempre realizou um trabalho brilhante por este município. No entanto, cometeu erros e, hoje, nos vemos aqui reunidos para votar o pedido de cassação. É um momento muito difícil, mas confiamos no relatório da Comissão Processante”.