Edição n° 41
O jornal Folha Carapicuibana zela pelos direitos das mulheres vítimas de qualquer tipo de violência e as encaminha para o CREVIM, que está de endereço novo, localizado na Avenida Rui Barbosa n° 1230, Centro de Carapicuíba, funcionando das 09h às 18h. Seu objetivo é acolher e orientar as mulheres vítimas de violência doméstica. O local oferece: Serviço de apoio, acolhimento, atendimento multidisciplinar psicológico, social e orientação jurídica, acompanhamento e proteção.
O centro de atendimento garante respeitar a posição das mulheres e orienta-las de forma imparcial, isto é, não julgando a situação, contanto com psicólogos para facilitar no processo de desvinculação da violência domestica. O centro especializado ainda presta toda orientação jurídica para a vítima proceder da melhor maneira possível e conhecer seus direitos.
Esse tipo de instituição é muito importante para proteger a integridade física e psicológica da mulher, pois, de acordo com Instituto Avon/ Ipsos, a violência doméstica atinge 2 milhões de mulheres ao ano no Brasil, e cerca de apenas 63% denunciam os agressores! O principal motivo de não denunciarem é o medo de serem assassinadas, tendo em vista que a tática de ameaça-las é ato costumeiro dos agressores.
Nos dizeres da Socióloga Fátima Jordão, conselheira do Instituto Patrícia Galvão, que luta sobre os direitos das mulheres, “as mulheres precisam ter a consciência de que o ciúme, por exemplo, não é paixão. É algo mais complexo. O homem acha que tem posse da mulher e isto é um equívoco. Nossa sociedade é machista; muitos homens acreditam que a mulher não tem direito à autoestima, nem pode se manifestar”.
Tipo de violência domestica contra a mulher:
Existem basicamente 03 tipos de violências contra as mulheres: sexual, física e psicológica. Todas elas acarretam problemas psíquicos e físicos, uma vez que mexem com a autoestima e podem levar à depressão, podem gerar distúrbios alimentares, ansiedades e traumas sexuais. O pior é que, na maioria dos casos, o agressor é um homem que a mulher tem ou tinha em suas “relações amorosas”.
- Violência psicológica: normalmente é cometido com insultos, humilhações, chantagens, ameaças física ou de morte. Esse tipo de violência agride diretamente a autoestima da mulher.
- Violência física: ocorre quando o homem se vale da força física com auxilio ou não de objetos que provocam lesões na vítima. Ela pode ser manifestada de várias maneiras, como tapas, socos, chutes, queimaduras etc.
- Violência sexual: quando o agressor se vale da força física, coação e remédios para dopar a vítima a fim de ter relações sexuais com a mesma. Esse tipo de violência é considerado crime tanto no namoro como no patrimônio (casado), incluindo também a privação da mulher em utilizar preservativos e anticoncepcionais.
O que fazer em caso de violência doméstica?
A primeira medida a ser tomada é ligar no número 180, setor especializado em violência domestica contra as mulheres, criada pela Secretaria de Politicas para as Mulheres (SPM). Este canal de denúncia funciona 24 horas aos 7 dias da semana.