A desigualdade na distribuição de renda cai no Brasil? Cuidado: os números na realidade são alarmantes!

Edição n° 41

Por Wandir Coelho Cavalheiro

É fato notório que o Brasil evoluiu muito em relação a distribuição de renda, basta analisar a própria condição de vida das pessoas há 15 anos, onde, as tecnologias – em todas as áreas- eram muito caras e restritas a algumas pessoas. Atualmente pode-se dizer que quase todos tem acesso aos melhores bens de consumo. É algo logico afirmar que o país ainda tem muito que melhorar, pois, como é de conhecimento de todos, existem brasileiros abaixo da linha da pobreza, vivendo em situação precária.

A distribuição mais democrática das riquezas de um país é um dos grandes desafios da economia, especialmente no Brasil, que claramente tem um contraste muito visível relacionado às diferenças de riquezas. Entretanto, esse desafio está sendo vencido aos poucos em passos lerdos, visto que o país,  mesmo diante de uma crise econômica, conseguiu diminuir a desigualdade de destruição, segundo IBGE (Instituo brasileiro de Geografia e Estatística) o índice Gini de 0,497 em 2014 para 0,491 em 2015.

O que é Índice Gini?

De acordo com a Pesquisadora, Andréa Wolffenbüttel, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), “O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.”

Os números variam de zero a um, onde, o número um representa desigualdade total, isto é, toda riqueza do país está nas mãos de uma pessoa apenas. Já o número zero, por sua vez, representa igualdade homogênea, onde todos retém a mesma riqueza. Normalmente, para se fazer o cálculo do Índice de Gini é considerado os 20% mais ricos e 20% mais pobre do país.

Índice de Gini nos últimos anos.

Como se pode ver no gráfico, O Brasil já foi muito desigual quando se trata em distribuição de renda: no começo dó século, ano de 2000, o índice estava 0,5929, enquanto em 2015 o índice se encontra em 0,491.

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Por outro lado, mesmo com a o pequeno crescimento do Brasil, ele continua fora dos índice ideal, por ser uma economia em potencial para o mercado mundial.

Motivos da melhoria do Índice Gini

Ao avaliar os dados é necessário se tomar alguns cuidados, pois existem linhas ideológicas comemorando esses números, só que o real motivo não foi que as pessoas saíram da linha de pobreza, mas que houve um empobrecimento generalizado em nosso país.

A renda dos 10% mais pobres caiu 7,8% em 2015. Essa parcela recebia, em média, R$ 219,00 mensais, mas, em 2015, passaram a receber R$ 202,00 mensais, valor este que representa 25,6% do salário mínimo daquele ano de R$ 788,00.

Analisando os dados divulgados pelo IBGE, os quais esboçam a diminuição da renda média dos  pobres de R$ 600,00 (mensal), caiu 3,5%. A população que recebe R$ 1.350,00 mensalmente teve a retração de 4,5%; já a parcela que recebe mensalmente R$ 5.159,00 houve retração de 6,4%.

Considerações finais.

Logo, não há motivos para comemorar esses dados, posto que não houve um enriquecimento do país, mas um empobrecimento generalizado em todas as classes sociais, onde, os ricos, perderam mais, Esse foi o real motivo dos números do Índice Gini mostrar que ocorreu uma melhor distribuição de renda.

Nossa economia está despencando diante de nossos olhos, e existem partidos com princípios (socialistas e comunistas) comemorando dados mas sendo omissos com o real motivo desses números. Se faz necessário lembrar que um país bem estruturado necessita de empresas bem consolidadas para gerar empregos e fazer a manutenção da economia do país (girar a roda da economia).