Edição n° 38
A última matéria de economia do dia 31, “A pior crise econômica do Brasil”, levou alguns eleitores a refletir e a entrar em contato com a nossa equipe, solicitando um artigo que explique, de maneira simplifica, como é calculado o PIB (Produto Interno Bruto).
O que é PIB e para que serve?
O PIB é um sistema de indicação que viabiliza a medição do crescimento da atividade econômica do país. Ele esboça o valor de toda riqueza produzida pelo país em um período de tempo -normalmente de um ano.
Como o PIB é Calculado?
Como produto, podemos compreender a somatória de todas as coisas que foram produzidas no país. Entretanto, existem alguns desafios na somatória, por exemplo, como fazer a soma de coisas tão distintas, tais como geladeira, automóvel, computadores etc…
Para viabilizar o cálculo, os economistas consideram apenas o valor monetário desses produtos, o que cria outro problema: a dupla contagem. Existem alguns produtos que são utilizados como matéria-prima para produção de um bem final, ou seja, servem como insumo para outros produtos, como exemplo, rodas, parafusos etc. Na verdade, todo o material usado para produzir um carro ou qualquer outro produto pode ser contado duas vezes.
Para evitar esse tipo de problema, os economistas contabilizam apenas o produto final que será adquirido pelo consumidor final. Este produto é o famoso PIB.
Quem calcula o PIB?
No Brasil, a instituição que foi encarregada pelo Ministério do Planejamento de calcular o PIB é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quem definiu o PIB para medir o crescimento de uma nação?
O cálculo do PIB nasceu nas Nações Unidas, baseado no documento do economista “Richard Stone”, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1984.
Considerações finais.
O PIB mede o crescimento das nações e esboça sua importância, entretanto, existem economistas que discordam da sua eficiência como parâmetro de medida.
‘Ter o foco somente no PIB ou no crescimento do PIB é enganoso em muitas discussões de política econômica; os efeitos da distribuição ou as distorções que afetam a composição em vez do tamanho da produção e os efeitos das políticas atuais sobre o futuro, e não da produção atual, podem ser tão importantes para o bem-estar quanto os efeitos sobre o PIB atual’, diz Olivier Blanchard, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, atualmente, membro sênior do Instituo Peterson de Economia Internacional.
Diante disto, independentemente da eficiência ou não do PIB, ele cumpre seu dever, olhando pelo ponto de vista que as nações determinam como critério de crescimento.