Educação: Folha Carapicuibana é chamada e constata condições escassas das bibliotecas da cidade

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Edição nº 36

Por Pablo Nemet

A leitura transforma, desenvolve o senso crítico e pode transformar uma realidade! A leitura tem forte capacidade de influência sob as diferentes formas de agir, de pensar e, inclusive, de falar. A propósito, quantos jovens fadados ao fracasso – devido às próprias condições familiares – não mudaram de vida graças aos livros? Entretanto, com a chegada da internet, a biblioteca foi, aos poucos, perdendo seus “clientes”, afinal, na internet há inúmeros conteúdos, tais como livros, sinopses, artigos científicos, artigos comentados, monografias, teses, vídeo-aulas, enfim, toda sorte de contribuição por parte de pesquisadores e amantes de uma boa leitura. Mas devido à diversidade de conteúdo contido na rede web, poucos a utilizam para fins de enriquecimento intelectual.

Segundo as pesquisas destinadas à Editora FT e à área acadêmica da USP, realizadas pelos presidentes da editora e do jornal Folha Carapicuibana, os alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP “Fabiana Rodovalho Nemet” (Nº USP: 10141070) e “Wandir Coelho Cavalheiro” (Nº USP: 10141107), a maioria das pessoas faz uso da Internet para obter entretenimento ao invés de conhecimento. As pesquisas foram realizadas em 08 bairros de São Paulo, pertinentes às zonas Sul, Leste, Oeste e Norte, além do centro antigo.

Um dos papeis do governo, por sua vez, deveria ser o de incentivar o jovem e o adulto a lerem; a buscar conhecimento, mas, infelizmente, não é isso que acontece! A cidade de Carapicuíba possui duas bibliotecas públicas, todavia, ambas não são ideais. Para tanto, por vias de denúncia, a equipe do jornal Folha Carapicuibana se dirigiu aos dois locais, constatando que nenhuma delas contém um bom acervo de livros, pelo contrário. As bibliotecas carecem até mesmo do livro “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, um grande pensador político, cuja obra-prima é de suma importância para que se possa entender a arte de governar e conquistar, com grandes alertas das armadilhas da selva politica. Normalmente, todos os bons professores das escolas de ensino médio solicitam, de seus alunos, a leitura deste clássico.

A equipe do jornal esperava encontrar muito mais entre o acervo das bibliotecas, inclusive, autores clássicos da língua portuguesa e técnicas de redação; física quântica; matemática pura; filosofia; história; expressionismo abstrato; espiritualidade; universo; lei de atração e os códigos numéricos de Grigori Grabovoi; meditação e práticas de Ho’oponopono etc. Mas, para um estudante da cidade, pior experiência do que não encontrar o clássico de Maquiavel – porque ambas as bibliotecas não o possui – não há!

Alguns podem cometer a infelicidade de dizer – equivocadamente, é claro –  que a biblioteca é um espaço obsoleto, mas é nela que se identifica a missão social como instituição pública, veemente responsável por reduzir desigualdades sociais de acesso à informação; fomentar cidadania; promover inclusão social e digital. É fato que, atualmente, o governo só discute propostas com esses mesmos fins, mas se esquece da importância da biblioteca, bem como de sua missão.

Segundo os munícipes, leitores do jornal Folha Carapicuibana, nenhuma reforma na biblioteca foi ou tem sido objeto de discussão. Ora, o povo brasileiro vive a era da informação rápida, onde tudo está em seu celular, porém, as bibliotecas públicas de Carapicuíba sequer possuem acervo online…

Muito se discute sobre novas ideias para viabilizar melhoras na educação, contudo, por vezes, não é preciso tentar criar algo novo, mas melhorar o que já existe!