“Furo de reportagem”: Presidente da Câmara Municipal concede entrevista exclusiva à Folha Carapicuiban abordando a manifestação do PSOL, na última terça-feira, em plena Sessão Ordinária

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Edição nº 32

Por Pablo Nemet

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Nesta última terça-feira (20), aconteceu mais uma sessão solene na Câmara Municipal, onde são votados os projetos de lei dos vereadores. Em meio à Sessão Ordinária, uma eventualidade. Parte da equipe da Folha Carapicuibana presenciou um dia atípico sob fortes gritos, desalinho, furor; o apelo de um povo para ter o direito de argumentar, levando consigo a esperança de reivindicar aquilo que, por ora, desperta grande ira na população: o salário dos vereadores.

De acordo com a lei da anterioridade, os vereadores não tem legitimidade de legislar sobre os próprios salários. Ao final do mandato – antes das eleições, a Câmara deve decidir os subsídios da próxima legislatura, O valor não se altera durante os quatro anos de mandato, exceto pela revisão geral anual. E assim foi feito, isto é, segundo os agentes políticos, o salário foi mantido. Mas alguns manifestantes de agremiações políticas se pronunciaram, tanto nas dependências internas da Câmara quanto na rua, em frente a casa legislativa..

Nos dizeres do secretário geral do PSOL, Eder Novais: “esta foi a quarta sessão que os vereadores não apareceram! Após 5 minutos de sessão, pediram um intervalo de 10 minutos para uma reunião particular. Nós do PSOL pedimos, desde quarta-feira passada, o uso da tribuna livre e, foi negado o direito de uso da tribuna livre, alegando várias questões burocráticas, onde nós sabemos que não é possível negar a tribuna porque o uso da tribuna é livre e, o pessoal reivindica este uso porque quer fazer as denúncias que a cidade exige, cobrar dos vereadores aquilo que é de direito, a honestidade e o trabalho deles, que não está acontecendo no último mês. Caso isto não ocorra já estamos entrando de novo, com um pedido de uso da tribuna, na próxima sessão da terça-feira, acompanhar com todo o procedimento legal, que eles exigem. O pessoal também protocolou hoje o pedido de cassação do mandato dos cinco vereadores, Paulo Xavier, Carlos Japonês, Jefferson Macedo, Elias Cassundé e Nenê Crepaldi.”

 

Segue áudio de Eder Novais, secretário geral do PSOL:

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Pessoas na frente da Câmara, indignadas, diziam que os salários dos políticos são, no mínimo, abusivos, levando em conta que na cidade de Carapicuíba existem empregados celetistas que ganham menos de R$ 1.000,00. De acordo com o pensamento da população, em uma cidade com poucos recursos, muitas coisas poderiam ser feitas com parte desses salários. Se pelo menos houvesse um programa para que os impostos fossem destinados a um sistema de bolsas de estudos, por exemplo, muitos jovens poderiam sair da rede pública, tendo a chance de ingressarem em faculdades de primeira categoria, como USP, UFMG, UFRJ, Unicamp etc. “Não fixam salário, mas deveriam usar seus impostos para beneficiar a população; só que nem isso eles fazem, não interessa a eles”. Diz o manifestante Luís.

O jornal Folha Carapicuibana pleiteou uma resposta por parte do poder público local, de sorte que a equipe obteve uma entrevista exclusiva com o presidente da Câmara Municipal, o vereador Abraão Junior, diga-se de passagem, recebendo a equipe com muita atenção, respeito e consideração ao trabalho democrático e imparcial, realizado pela Folha Carapicuibana. Confira o furo de reportagem por meio do vídeo:

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