Mitos a despeito do dinheiro: um olhar negativo

Edição n° 28

Por Wandir Coelho Cavalheiro

Nossa sociedade cada vez mais tem dado notoriedade a determinados problemas , a exemplo, um jornal televisionado só noticiam acontecimentos ruins; as pessoas, normalmente, mais falam das dificuldades ou erros do próximo do que das qualidades. Curiosamente, esse defeito da sociedade está se expandindo para outros setores – inclusive para o financeiro. Diante disto, foram criados mitos a despeito do dinheiro: um olhar negativo. Eis o assunto deste artigo.

“Dinheiro não traz felicidade”

Esse é o mais famoso dentre todos e, com toda certeza, a maior mentira, pois, se você tem mais capital disponível, consequentemente, terá acesso a serviços de melhor qualidade, tais como, saúde, segurança, educação e cultura. Isso por si só já irá proporcionar um grande bem estar.

É claro que muitos pensam “dinheiro não compra amor”. De fato não compra! Porém, ele compra liberdade… liberdade esta para seguir sonhos malucos; liberdade para ver os filhos crescerem mais de perto; liberdade de se relacionar melhor com as pessoas.

Concluindo: o dinheiro não passa de uma ferramenta e, se aplicado de forma inteligente, trará felicidade. Entretanto, se o homem virar refém da sua criação, será este o caminho certo para a destruição. Exemplo: entregue um martelo para uma criança de 3 anos e observe que a chance de ela de se machucar é plena. A mesma coisa ocorre com as pessoas que não estão devidamente preparadas para lidar com o dinheiro.

“Dinheiro é a fonte de todo mal”

Em um país como Brasil, onde cerca de 90% da população é formada por cristãos, os quais têm seus princípios de ensinamentos tirados da bíblia, é comum ouvir que dinheiro representa o mal. Porém, o Deus da bíblia era descrito como o Deus das nações, Deus todo poderoso e Deus das riquezas; ele não pregava contra a prosperidade de seus seguidores e sim contra a chamada “avareza”, conforme a citação bíblica: “O amor ao dinheiro é a raiz de toda sorte de coisas prejudiciais” (Timóteo 6:10).

A bíblia prega contra o amor empregado no dinheiro, ou seja, na ganância; sem qualquer objetivo ou meta para desfrutar o dinheiro acumulado. Além do mais, quando a estabilidade financeira é alcançada, a pessoa adquire autonomia para ajudar o próximo, conforme os ensinamentos bíblicos.

“Ricos ficam mais ricos as custas dos pobres”

Na realidade a riqueza de uma nação depende de uma série de fatores, porém, o que cita as regras da abundância do um país são seus governantes que regem as políticas fiscais, bem como regem mecanismos para a distribuição de riqueza de um país.

Mesmo o Brasil não tendo uma politica fiscal que favoreça a população de maneira eficiente, a politica de distribuição de renda melhorou muito. Quando se trata em abordar o conceito “distribuição de renda”, não me refiro em tirar dinheiro de uma pessoa para dar a outra, mas em criar oportunidades para que qualquer pessoa que componha a sociedade possa conquistar sua independência financeira.

“Só fica rico quem rouba ou engana alguém”

De fato, em nosso país muitas pessoas conquistam sua riqueza de maneira ilícita, porém, isso não é regra. Na realidade as pessoas tendem a generalizar os fatos devido as noticias da mídia – sem estudar minuciosamente cada situação -, pois, informativos negativos trás mais audiência.

“Investir dinheiro é para ricos”

Este é um dos maiores equívocos! Qualquer pessoa com um pouco de conhecimento pode investir. Não é cultura brasileira investir na educação financeira, logo, as pessoas não investem e nem poupam, e grande parte segue sempre vivendo no limite de seu orçamento!

***Cuidado: existem inúmeras ideias que o mercado tende a nos empurrar para não evoluirmos ou alcançarmos nossos objetivos. – é claro que o mercado tem interesse de domínio. Um exemplo simples e mais comum é o titulo de capitalização que os brancos oferecem com frequência aos seus clientes , como sendo um investimento: na grande maioria dos casos as pessoas perdem dinheiro com isto, pois o rendimento oferecido por esse tipo de aplicação é menor do que a taxa de inflação, assim o dinheiro investido inicialmente não vale mais o mesmo valor no momento do resgaste. Faz-se necessário o brasileiro se desprender das amarras do acaso e procurar ter controle da sua vida financeira, e isso só é possível por meio de educação financeira.