Arrecadação de impostos e tributos do 1° semestre é a pior em 06 anos

Edição n° 24

Por Wandir Coelho Cavalheiro

Em comparação a arrecadação de impostos do 1° semestre de 2015, foi registrada uma queda de 7,33%: de acordo com a Receita Federal, as contribuições do primeiro semestre de 2016 foram de R$ 617 bilhões, ou seja, a pior marca registrada desde 2010!

Com o crescente número de desemprego, a inadimplência sofre um crescimento exponencial e as vendas de produtos e serviços tendem a diminuírem significativamente. O resultado é recorrente porque as pessoas e as empresas pagam menos impostos.

Orçamento da União

A arrecadação ruim dificulta o cumprimento da meta fiscal, pois as dividas públicas foram fixadas acima do orçamento arrecadado. Para ter uma ideia da proporção do déficit, no ano passado o rombo fiscal ficou por volta R$ 115 bilhões e, para este ano, o número tende aumentar para R$ 139 bilhões.

O governo estuda mais cortes para contornar o problema na arrecadação, porém, a hipótese de aumentar os tributos e impostos não foi descartada.

A baixa do orçamento da união tende refletir na inflação do país, ou seja, os preços são elevados em todos os setores (alimentício, vestuário, automotivo etc.). Isto ocorre devido a dívida externa que aumenta os juros – sem contar com a aquisição de outros empréstimos do governo para custeio das contas do país.

Entre as medidas tomadas pela união, está o aumento de alguns tributos, entretanto, os dados da Receita Federal esboçam que o recolhimento caiu. Em 2015 o governo aumentou os tributos sobre empréstimos, cosméticos, cerveja, carros, destilados, refrigerantes, vinhos, importação e exportação de manufaturados, entre outros.

No ano de 2016, ocorreram aumento de tributos de viagens, chocolates, sorvetes, computadores e cigarros, o mais recente foi o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras para compra de dólares.

Um dos maiores problemas da economia brasileira se esconde no PIB (Produto Interno Bruto), pois, por meio de bens ligados a ele, o governo tenta resolver os problemas socioeconômicos: hoje quase 70% da renda privada é desviada para financiar o setor publico por meio de tributos e impostos. Os salários da população – que seriam gastos com consumo e por sua vez voltaria para empresas investir em melhorias, gerando mais empregos – são destinados por meio de impostos à união, engessando o desenvolvimento da economia da nação.

O pior meio de suprir um déficit econômico de um país é aumentar impostos e tributos, pois, tais ferramentas sufocam o crescimento do setor privado, levando muitas vezes ao regresso. Por exemplo, pessoas desempregadas não consomem; as empresas não ganham dinheiro e demitem mais colaboradores com intento de cortar gastos. Mais pessoas desempregadas, menos consumo, e, consequentemente, empresas encerrando suas atividades por conta de grande endividamento , aumentando ainda mais o desemprego: uma triste cadeia que leva o país ao colapso!