Polícia Federal prende terroristas que pretendiam atacar nas olimpíadas.

Edição n° 23

Por Wandir Coelho Cavalheiro

Os simpatizantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) tem espalhado o pânico no mundo inteiro, por meio de atitudes cruéis e desumanas, motivada por intolerância racial, de gênero e religiosa.

Por sediar as Olímpiadas 2016, o Brasil irá receber pessoas do mundo inteiro, inclusive países que já foram alvo de atentados terroristas, logo, poderá se tornar alvo de terrorismo. Tendo isso em vista o país montou inúmeras estratégias, contando com o apoio de várias autoridades de segurança nos âmbitos federal, estadual e municipal. No entanto, essa força tarefa levantou dados de 500 mil pessoas suspeitas de envolvimento com o terrorismo, as quais estão sendo monitoradas pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

Na última quinta-feira (21), a Polícia Federal, por meio da Operação Hashtag, cumpriu 12 mandatos de prisão. Entre eles havia um menor de idade. A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) interceptou conversas nas quais eram planejadas atitudes terroristas nos Jogos Olímpicos do Rio: os alvos seriam as federações dos países que sofreram ressentes ataques do Estado Islâmico. A operação já dura 15 dias e os mandatos de prisão foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba. O processo corre sob sigilo de justiça.

Segundo o ministro da Justiça Alexandre de Morais, o grupo preso estava se organizando com táticas de guerrilha e até tentaram comprar um fuzil russo AK-47 no Paraguai. Eles mantinham contato com a organização terrorista Estado Islâmico por meio da internet, via WhatsApp, Telegran e Facebook. Os detalhes dos ataques não foram revelados, todavia, o ministro da Justiça fez o seguinte pronunciamento: “Eles passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo para atos preparatórios. As prisões só foram possíveis por conta dos artigos 3º e 5º da Lei 13.260, de 16 de março de 2016, que prevê como crime o terrorismo: Art. 3º: “Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista” e art. 5º: Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito”.

Conforme as mensagens interceptadas as delegações e visitantes alvos são os Estados Unidos, a Inglaterra, a França e Israel. A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) sugeriu à Prefeitura do Rio de Janeiro que a Pira Olímpica saia do local atual – Praça Mauá, local de acesso comum, onde terão shows e telões para exibir as competições – para o Estádio Maracanã ou, ainda, para o Estádio do Engenhão. A ABIN enviará agentes para à França a fim de estudar, juntamente das autoridades locais, o local do atentado de Nice com o objetivo de trazer know how (lições apreendidas e experiência). Os locais em torno dos jogos contarão com barreiras para revistar o público, além de haver uma rigorosa checagem a um banco de dados internacional para identificação de supostos terroristas.