Edição n° 19
O feijão é um dos alimentos básicos na vida dos brasileiros, mas seu preço tem sofrido um aumento exponencial, motivo de grande preocupação para os consumidores e produtores.
O preço do quilo do feijão ultrapassou o do café: em alguns Estados o valor da saca de 60 kg de feijão está custando, em média, R$ 540,00, quando, a saca de café, por sua vez, tem custado cerca de R$ 480,00, segundo o Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe).
De acordo com o presidente da instituição, Marcelo Eduardo Luders, espera-se melhora para a próxima safra, em contrapartida, estima-se que os preços irão normalizar apenas em fevereiro de 2017.
Por que a alta do preço do feijão?
No Brasil se produz de 3,3 a 3,5 milhões de toneladas ao ano, consumido 3,3 milhões, o que significa que a produção está muito próximo do limite. Em virtude de problemas climáticos a produção foi afetada, causando um déficit no mercado. Os Estados da Bahia e Minas Gerais tiveram grandes secas, enquanto o Paraná fora afetado por excesso de chuvas.
Outro problema que colaborou para o aumento do valor de venda do feijão foi a saída de produtores desse segmento, tendo em vista que o valor mínimo não foi reajustado no ano passado e os valores do milho e da soja ficaram mais atrativos, fazendo alguns produtores migrarem definitivamente.
Medidas do Governo para baixar o preço
Nesta quinta (23), foi determinada a taxa de imposto zero para importação do feijão. A medida será válida pelo período de três meses para os tipos de feijão preto e carioquinha, os mais consumidos no território nacional e os mais afetados em sua produção, cujo preço avia disparado.
Após a decisão da taxa zero é possível importar a leguminosa de qualquer nação, pois, antes da decisão, somente os países que fazem parte do Mercosul eram contemplados.
A expectativa do governo é que seja importado feijão dos locais mais próximos, como Argentina, Paraguai e Bolívia, com o intendo de contornar o problema. Se ainda assim não for suficiente, o brasileiro contará com as exportações do México e da China para suprir o déficit, além de obter valores bem mais baixos – pelo menos, é o que se espera!