Por que Carapicuíba ainda tem grande procura por vacina H1N1 (grupo de risco) e não está na lista?

Edição n° 14

Fabiana Rodovalho Nemet

Governo do Estado de SP compra mais 1 milhão de doses e campanha é estendida até dia 31. Confira a lista.

Região e doses distribuídas:

Capital e Grande São Paulo: 705.000 doses extras

Araçatuba: 56.450 doses extras

Araraquara: 46.016 doses extras

Barretos: 21.854 doses extras

Bauru: 118.325 doses extras

Campinas: 212.053 doses extras

Franca: 34.488 doses extras

Marília: 77.504 doses extras

Piracicaba: 72.677 doses extras

Presidente Prudente: 57.773 doses extras

Registro: 15.023 doses extras

Ribeirão Preto: 73.440 doses extras

Santos: 106.191 doses extras

São José da Boa Vista: 51.046 doses extras

São José do Rio Preto: 22.854 doses extras

Sorocaba: 133.517 doses extras

Taubaté: 143.124 doses extras

Aquisição de doses extras:

O governo do Estado de São Paulo realizou a compra de mais 1 milhão de doses da vacina contra a gripe H1N1, produzidas pelo Instituto Butantan, as quais serão distribuídas com outras 900 mil doses residuais previstas pelo cronograma de vacinação. No entanto, nesta última sexta-feira (20), o governo anunciou a prorrogação da campanha de vacinação, com data prolongada até o dia 31 de maio, posto que o prazo se findaria exatamente na sexta-feira.

Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário estadual da Saúde, David Uip, o número de pessoas previstas para serem vacinadas dentro dos grupos de risco é estipulada pelo Ministério da Saúde. Para o Estado de São Paulo, eram 12,8 milhões de pessoas, mas houve um aumento inesperado de doentes crônicos que buscaram os postos de saúde para serem vacinados.

A vacinação no Estado teve início no dia 04 de abril, data a partir da qual mais de 10,1 milhões de pessoas receberam a dose. De acordo com o governo do Estado, o índice é superior à meta da campanha para vacinar 9,5 milhões de paulistas.

Para o secretário Estadual da Saúde, David Uip, a prioridade para as doses “extras” será para as cidades que ainda não atingiram a meta para vacinar 80% do público-alvo, formado por crianças entre seis meses e menores de cinco anos, idosos a partir dos 60 anos, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias), doentes crônicos, indígenas e população carcerária.

De acordo com o critério estabelecido, as doses começaram a ser distribuídas na sexta-feira, dia 20, sendo que a distribuição seguirá até segunda-feira (23) para as cidades que ainda não atingiram a meta. Se porventura sobrarem vacinas, poderá haver uma distribuição para outros municípios – como São Paulo, que, por sinal, atingiu 112% da meta. O cronograma de distribuição vai ser divulgado ainda nesta sexta-feira.

As vacinas da rede pública são trivalentes e protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B.

Na rede privada, estão disponíveis também as vacinas “quadrivalentes”, sendo estas com cepas para um outro tipo de gripe B, que circula nos Estados Unidos.

Sabe-se que na região Oeste da grande São Paulo – especialmente em Carapicuíba, Barueri e Osasco, ainda tem havido uma intensa procura pela vacina H1N1, o que ocorre diariamente em quase todos os postos de saúde. O fato é que a demanda não supriu a procura, cada vez maior, segundo servidores públicos locais.

Tendo em vista os critérios pré-estabelecidos, pautando tão somente os municípios que ainda não atingiram a meta para vacinar 80% do público-alvo, qual é o fator determinante utilizado pelo Ministério da Saúde que, curiosamente, não abrangeu o número excessivo deste público alvo das cidades citadas na grande São Paulo, mas afirma que São Paulo atingiu 112% da meta?