Pedido de Mãe

Edição nº 12

Por Pablo Nemet

A Folha Carapicuibana teve a honra de homenagear as mães na coluna “Destaque da Semana” e dedicar esse espaço da coluna “S.O.S. Prefeito” também a elas, tendo em vista que o pedido de uma mãe nunca deve ser negado, ainda mais quando se trata de um pedido de amor: o amor em seus filhos.     Um apelo quanto a melhora da infraestrutura para garantir condições melhores para seus filhos, filhos estes que são o futuro da nossa cidade.

O colunista o politico Pablo Nemet e alguns membros de sua equipe se dirigiram a alguns bairros a fim de entrevistar as mães, sobretudo, de crianças. Aproximadamente 75 mães oriundas de 08 bairros da cidade se queixaram do tempo de espera no atendimento dos postos de saúde e hospitais municipais. Há muita demanda para um atendimento defasado. Entre as reclamações mais comuns, está o tempo de espera para a realização de exames e consultas médicas especializadas, tempo este que varia entre 07 meses e 01 ano e meio, tendo em vista que, em casos de urgência, as crianças podem vir a óbito – como já aconteceu.

Outros problemas foram mencionados, mas o maior, entre todos eles, se concentra na área da educação, em especial, nas creches. Na cidade de Carapicuíba é sabido que muitos bairros carecem do sistema de creches e, quando o tem, de acordo com 100 mães dos mesmos bairros visitados, jamais há disponibilidade de vagas, posto que todas estas mães necessitam trabalhar e não tem com quem deixar seus filhos.

De acordo com Sacconi, o termo “creche” significa “estabelecimento que se encarrega de cuidar de crianças até 02 anos”, ou, ainda, “asilo diurno em que suas mães trabalhadoras podem deixar seus filhos pequenos”. Partindo deste pressuposto, é fato que as creches tem desenvolvido seu trabalho devido as peculiaridades dos munícipes, deixando de lado a verdadeira finalidade educativa.

Com fulcro no artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9394/96, “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

De acordo com o artigo 30 da referida lei, as crianças de zero a seis anos têm direito a vagas na Educação Infantil, sendo oferecidas, em sentido não obrigatório, em creches, para crianças até os três anos, e em pré-escolas para crianças de três a seis anos.

No entanto, o que ocorre, por vezes, é que as instituições destinadas às crianças menores de três anos – as creches – atuam muito mais como “abrigos infantis” do que como instituições de ensino, não cumprindo efetivamente o seu papel educativo como previsto na Lei.

Embora haja uma heterogeneidade quanto à capacidade de desenvolvimento das crianças, a função básica da educação é criar condições coerentes para que seja viabilizado o desenvolvimento integral destas crianças, levando em conta as possibilidades de aprendizagem que se apresentam nas diferentes faixas etárias por meio de uma boa atuação, a qual propicia o desenvolvimento das capacidades de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social. A exemplo da carência da educação, onde não foram propiciadas condições coerentes para o desenvolvimento integral da criança, detecta-se um adolescente ou adulto portando problemas de relação interpessoal, quer seja no trabalho, quer seja entre as pessoas conhecidas, entre familiares etc. Normalmente, estas pessoas possuem enormes dificuldades de inserir-se em sociedade.

Sendo assim, há apenas uma solução para atender as mães que não encontram vagas nas poucas creches do município e, ao mesmo tempo, para não haver o dito “sucateamento” das creches já existentes (superlotação, deixando de cumprir seu papel no que tange a verdadeira educação): A construção de mais creches.

Todavia, segundo o colunista Pablo Nemet, paira uma dúvida de ordem primária: por qual razão o Prefeito senhor Sérgio Ribeiro, atualmente, no final de seu segundo mandato, não prontificou uma pesquisa estatística de amostragem a fim de levantar os dados suficientes para a construção do número correto de creches para cada bairro localizado nas adjacências de Carapicuíba?

Sabe-se que, no decorrer deste período, houve a inauguração de algumas instituições públicas no município, entre elas, creches. Mas levando em conta apenas o mérito da questão abordado pelas próprias mães, nesse último final de semana, conforme os números citados (abordando o fato do número de creches da cidade não atender a grande demanda de crianças até 02 anos ), se porventura o excelentíssimo senhor prefeito – em nome dos nobres  vereadores de Carapicuíba – puder emitir resposta à Folha Carapicuibana, é certo que as mães entrevistadas, representando a sociedade, terão uma satisfação.

Do contrário, restará a petição aos próximos vereadores a compor a casa legislativa, sem sombra de dúvidas, escolhidos minuciosamente pelo povo carapicuibano, face aos inúmeros problemas desta cidade, os quais precisam ser resolvidos com máxima prontidão.

OBSERVAÇÃO À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LOCAL:

Não é esta uma pesquisa por amostragem porque os grupos de entrevistados não são extensos em sua totalidade, portanto não há a impossibilidade de consultar todas as pessoas dos grupos abordados, escolhendo uma parte por meio das inferências estatísticas. A Folha Carapicuibana adota o critério de pesquisa realizada por uma pequena parcela populacional – a exemplo da pesquisa por população, levantando informações de todas as pessoas dos grupos em cada bairro visitado, isto é, 100% das pessoas referentes ao pequeno grupo foram entrevistadas, fazendo seus apelos. Segundo a engenharia, para a Folha Carapicuibana é este o critério ideal, tendo em vista que, pela estatística, sabe-se que a margem de erro para esse tipo de pesquisa é teoricamente zero, já que todas as pessoas, sem exceção, são entrevistadas – a modelo do CENSO IBGE.