Edição n° 12
“Eu nunca imaginei
Desencontrar-me pra sempre de você
Um pedaço de mim que perdi
Tudo o que eu sempre tive em minha vida.
Lembra a gente voltando para casa no final de tarde?
eu sei…
…que as estações mudaram, mas eu nunca vou esquecer!
Eu entro em casa e vejo
Lembranças da minha infância e o que ficou
Tua foto na estante, livros, discos
Tudo do mesmo jeito que você deixou.
Lembra a gente passando por essa praça?
eu sei…
…que as estações mudaram, mas eu nunca vou esquecer!
…estações passaram e eu não consigo entender…
Sei que nada vai mudar
Mas ninguém pode tirar o que vivemos
Mesmo que algo esteja mudado assim
dói e mim e não sei se pode doer em você…
E de repente um dia, de algum lugar, você pode até ouvir esta canção
E relembrar que sempre esteve em meu coração
E saber que aqui, naquele mesmo velho lugar
Há alguém velando o próprio sono,
O sono de quem sempre sonhou
E até cantou a espera da sua volta…
Mãe… volte… volte…
Volte de algum lugar.
Texto escrito pela autora a partir do pedido de uma “filha de Carapicuíba” – que prefere não ser identificada, pois relata não saber ao certo onde está sua mãe; o que de fato houve; se um sonho ou realidade, ou, ainda, fatalidade. Se crueldade do destino, por ora não entende. Se predestinação do acaso, é tudo o que a moça teme. Teme o amor que não declarou, o momento que não festejou, o abraço que não abraçou, a companhia que deixou de fazer, o pedido que não quis atender, a voz firme que não pode mais ouvir, o amor sincero que não pode mais sentir… da mãe sagrada a quem dela se perdeu. No tempo.
Fabiana Rodovalho Nemet – Sócia-Presidente e Diretora de Redação (Chief Executive Officer)
Valorize sua mãe a cada segundo. O tempo é cruel. O tempo é saudoso. Outrora de saudades… trajada de mãe”.
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Homenagem da Folha Carapicuibana ao dia das mães:
“Como é grande o meu amor por você” – Roberto Carlos