Edição n°11
Uma enfermeira do Hospital Municipal de Maringá, cidade localizada no norte do Paraná, aplicou equivocadamente o hormônio “insulina” em 50 pessoas, pensando ser a vacina da gripe H1N1. A profissional afirma ter “confundindo as ampolas” em razão das embalagens similares, o que gerou muita revolta nos moradores locais, já que as 50 pessoas ficaram internadas durante a última quinta-feira, a caráter de observação. As mesmas foram liberadas no final da noite.
Na sexta-feira, a Secretaria de Saúde de Maringá abriu sindicância a fim de apurar os fatos, pois, de acordo com o órgão, a insulina é um hormônio utilizado apenas no tratamento de diabetes. Quando aplicada indevidamente, a pessoa que a recebeu poderá sofrer sonolência, fraqueza, taquicardia e tremores.
O jornal Folha Carapicuibana recebeu, por e-mail, o parecer do senhor Rodrigues Cavalheiro, morador da cidade de Carapicuíba e corpo do resgate do SAMU de Osasco, cidade onde atua como enfermeiro há mais de 20 anos. Rodrigues afirmou ao jornal que a sobrecarga do dia é parte da essência profissional, portanto, do ponto de vista jurídico, não justifica a troca das ampolas – já que a profissão exige trabalhar 12 x 36, ou seja, trabalha dia sim, dia não, sendo 12 horas de trabalho em um dia, mas tendo folga no outro dia e assim sucessivamente. Rodrigues afirma, ainda, que os fatos não caracterizam um fato isolado em virtude da enfermeira ter realizado 50 aplicações. “Ela precisou errar por 50 vezes para perceber que não se tratava da vacina da gripe H1N1, mas de insulina propriamente dita? Por si só, isso é um erro injustificável! Realmente as embalagens são parecidas, mas o medicamento possui um rótulo que precisa ser lido em todas as ocasiões. Pela minha experiência, de antemão, já posso presumir que esta enfermeira recebeu a caixa de medicamentos e não a leu… simplesmente a abriu e, em seguida, foi realizando as aplicações… É lamentável saber que ela ao menos conferiu o produto, o que já pode ser afirmado com total segurança, pois, do contrário, isso não ocorreria”.
Agradecimentos ao colaborador Rodrigues Cavalheiro, servidor público do SAMU de Osasco.