Esperança no futuro.

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Edição n°11

Por Dr. João Luiz Barboza

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De modo geral o ser humano é movido pelas expectativas que tem em relação ao futuro. Está sempre esperando por alguma coisa ou circunstância, ainda que seja a esperança de que nada mude e que tudo permaneça como está. É o que acontece quando se vive momentos de tranquilidade financeira, com saúde, trabalho e tudo mais que dá segurança.

Quando há uma crise, surge a desesperança, que em nada contribui. No atual momento brasileiro paira no ar uma sensação de que todos estão esperando por dias melhores, inclusive os governantes e seus oposicionistas.

Porém, a tão comentada crise incide de forma mais perversa sobre os mais necessitados, exatamente os que não têm qualquer responsabilidade sobre a situação desfavorável da política e da economia. Todos os dias circulam notícias sobre desemprego, indústrias que fecham as portas, redução de consumo e tudo mais que afeta a vida das famílias menos favorecidas, que dependem de um trabalho para garantia de uma vida minimamente digna.

É um contexto em que nada se pode fazer a não ser ter esperança, esperança de que os mandatários sejam responsáveis e iluminados para reverter o quadro que se apresenta. Os empregadores também se sentem muito desconfortáveis, pois têm obrigações inadiáveis para cumprir, principalmente para com seus empregados. Mas têm pesadas e inadiáveis obrigações também com o Estado, inclusive muitas que têm de cumprir, ainda que o nível de atividade seja reduzido ao mínimo.

Mas há que se reconhecer que aquele que depende unicamente do seu trabalho é o que mais vive na esperança de que venham dias melhores. Isto é o que deveria incomodar o sono dos responsáveis pelo Governo. O bom governante deve enxergar na função que ocupa o dever de amenizar a desesperança das pessoas que não têm alternativas e nem dispõem de qualquer poder para promover as mudanças necessárias e imediatas.

O desemprego já atinge de forma acentuada os trabalhadores que têm uma profissão ou uma formação superior, que geralmente são os últimos a serem afetados de forma tão significativa como a que se verifica atualmente. Isto representa um forte sintoma da recessão que surte efeitos danosos sobre toda a sociedade.

Entretanto, deve-se nutrir a esperança de que a crise é passageira e que dias melhores estão num horizonte próximo. A sociedade brasileira já atravessou períodos de grandes dificuldades e saiu deles mais amadurecida. Que isto sirva de alento e de estímulo para que seja mantida a fé no futuro, com cada um procurando cumprir seu papel na sociedade, conduzindo suas ações em direção ao bem comum. Continuemos todos lutando com muita fé e esperança de que tudo caminha para melhor!