Edição n°6
Conhecida também como Daesh ou ISIS, o Estado Islâmico (EI) é um grupo sunita que segue uma ramificação extremista das escrituras do Islã, que são contra as outras crenças, inclusive contra os xiitas, os quais também seguem as escrituras islâmicas.
Grande parte da força do EI está concentrada entre o Iraque e a Síria, porém, sua doutrina atrai jovens do mundo inteiro: cerca de 20 mil estrangeiros, oriundos de 50 países diferentes, no ano de 2004, de acordo com Centro de Estudos do Radicalismo.
Estratégias
O Estado Islâmico nasceu dentro do grupo Al-Qaeda, com uma vertente doutrinária diferente, acarretando a separação dos grupos, ambos lutando por territórios para a formação do califado.
O EI se vale da violência contra os xiitas e contra os não mulçumanos, denominados “infiéis”. Os ataques mais comuns, adotados por eles no ocidente, é a utilização de bombas ao meio de locais cuja concentração de pessoas é densa.
De acordo com a revista “The Economist”, cada guerrilheiro recebe US$ 400,00 mensais, valor superior que os grupos jihadistas iraquianos ou que o Exército sírio paga a seus combatentes; deixando atrativo financeiramente aos moradores da região.
Com intento de aumentar seus números, o EI faz uso constantemente do YouTube e do Twitter. São feitas gravações profissionais que mostram reféns, usando roupas de cor laranja, sendo cruelmente assassinados.
Califado
Após a morte do profeta Maomé, seus seguidores resolveram criar um espécie de governo chamado “califado”. Em árabe, quer dizer “sucessão”.
O califa é considerado o sucessor do profeta e líder dos muçulmanos, podendo aplicar a lei islâmica (sharia).
No entanto, desde que foi nomeado o primeiro califa, existe uma divergência entre os mulçumanos à respeito do califado. Podemos dividir essas divergências em 2 grupos: os xiitas e sunitas.
“Xiitas” significa “partidários de Ali”. Eles consideram Ali (o primo e genro do profeta Maomé) o sucessor legítimo da autoridade islâmica. Portanto, os descendentes de Ali tem direito divino de ser Califa.
“Sunitas” significa povo do Suna e da coletividade ou do caminho percorrido. Eles são a maioria dos muçulmanos e acreditam que o profeta Maomé não deixou herdeiros legítimos. Sendo assim, seu sucessor califa tem que ser eleito por votação dos representes da comunidade islâmica. Eles compõem o lado mais radical do islã!
Financiamento
O dinheiro utilizado pelo EI é oriundo de pilhagem; da cobrança de impostos nas regiões conquistadas e, principalmente, do petróleo.
De acordo com a organização “Council on Foreign Relations” (CFR), são vendidos mais de 40 mil barris de petróleos ao dia, advindos das regiões por eles controladas na Síria e no Iraque. Segundo, ainda, a CFR, as vendas geram mais de US$ 1 milhão ao dia.
