Edição n° 05
Na linguagem tupi-guarani, para quem não sabe, o nome Carapicuíba é traduzido como “cascudo”, “pau-podre”, e também como uma espécie de “peixe que não se pode comer”. Barueri significa, a grosso modo, “rio encachoeirado”, ou como muitos gostam de associar, “flor vermelha”, que era uma espécie de flor que dava em abundância pela região. Jandira quer dizer “abelha melífera” (abelha produtora de própolis, mas que também pode se tornar agressiva); e por último, Itapevi, que se traduz como “pedra chata e lisa”. Todas essas regiões, já formaram um doce habitat do povo indígena, depois veio o homem branco colonizador e pá! (O desfecho da história todos nós sabemos). Mas o que mais impressiona é o significado do nome de cada município, em relação à luta que eles travam, na busca de reconhecimento, de subsídios e, principalmente, na busca de respeito. Há de se notar que em torno desse conjunto histórico, qualquer semelhança não será somente simples coincidência, e sim, a olho nu, a mais pura evidência. O povo indígena não guarda culpa nenhuma nisso, bem sabemos; o quadro geral aponta para uma gama de interesses de grupos isolados (e mais ainda, pessoais). A cidade que hoje está no topo, não guarda nenhuma culpa, nem os seus cidadãos, seu povo, sua gente. São dessas coisas que acontecem somente entre homens “civilizados”, os ditos “desenvolvidos”. O índio, nessa teia toda, entrou com os “nomes” e depois foi quem “pagou o pato”. Quem vem comendo o pato, desde aqueles tempos, todos nós sabemos. Porém mais uma vez fica aqui a sentença: a culpa não é do índio.
Fontes:
www.carapicuiba.sp.gov.br/index.php/coordenadoria
www.barueri.sp.gov.br/comum/materia/historia
www.jandira.sp.gov.br/conheca-jandira/nossa-historia
www.itapevi.sp.gov.br/notícias/historia