A política brasileira está doente!

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Edição n°04

Por Dr. João Luiz Barboza

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Nos últimos tempos, têm sido observados situações e comportamentos que devem preocupar todos aqueles que primam pela paz e pela tranquilidade social.

A turbulência política que estamos atravessando exige serenidade e equilíbrio.

Nossa Constituição traz estampado em seu art. 1º, inciso V, como um dos fundamentos do Estado brasileiro, o pluralismo político.

Na base deste fundamento está a liberdade de escolha da ideologia partidária com a qual cada brasileiro mais se identifique, e isto é de grande importância, pois tem estrita ligação com nossa liberdade política tão duramente conquistada.

Entretanto, a liberdade de escolha da ideologia partidária tem de ser exercida com o mesmo respeito que se espera obter daqueles que aderem a ideologias divergentes.

Não se pode admitir que as diferenças ideológicas perturbem a convivência (viver com) das pessoas ou dos grupos sociais.

As pessoas que compõem um Estado são interdependentes, e uma ideologia não se impõe, ela conquista seu espaço na sociedade por meio de propostas e suas realizações.

Em uma democracia (governo do povo) é evidente a necessidade de se aceitar a vontade da maioria, o que não é nada fácil, porém ainda não se inventou nada melhor.

Mas também essa maioria, qualquer que seja a sua coloração partidária, não pode pretender impor sua ideologia à totalidade do povo, assim como a oposição, qualquer que seja também as suas preferências ideológicas, não pode ter a pretensão de atropelar a vontade da maioria vencedora.

O que se observa na atual situação política e econômica do nosso Brasil é uma crise que já está afetando a todos, ameaçando se agravar de forma mais contundente para os mais necessitados.

É chegada a hora de governo e oposição arrefecerem os ânimos e caminharem juntos em busca de uma saída que minimize as possibilidades de consequências mais gravosas para o povo.

E que ao povo seja dada a liberdade de exercitar seu direito de manifestação, sempre respeitando as divergências ideológicas.

Das divergências devidamente respeitadas e discutidas é que sairão as melhores soluções; nas posições radicalizadas está o caminho para o caos!