Edição n° 03
Com a inflação em alta, o avanço do desemprego e os juros elevados, o consumo dos brasileiros despenca 6,5% em 2015, sendo esta a maior retração, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Como se não bastasse, a crise é de cunho tão grave que os brasileiros estão ficando inadimplentes até mesmo em contas primárias – sem pagar, principalmente, a energia elétrica.
De acordo com Marcela Kawauti, economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de inadimplentes de água e luz cresceu 17,01% na região Sul e 13,03% no Centro-Oeste. Quanto as demais pendências, tais como bancos, comércio, comunicação e serviços, houve um crescimento de 6%. “A inadimplência tem se colocado na vida dos brasileiros de forma tão abrangente que até as contas mais essenciais estão deixando de ser pagas”, afirma Marcela. Ainda, para a economista, são os bancos quem sofrem com a maior parte das inadimplências, entre 30 e 40%.
Assim como o Walmart, que, no mês de janeiro, anunciou o fechamento de 60 lojas no Brasil, bem como a Microsoft que fechou sua fábrica na Zona Franca de Manaus, demitindo 1,2 mil empregados, há muitas empresas fechando as portas, entre muitas outras demitindo empregados diariamente. Daí tem-se um crescimento exponencial de inadimplência, onde, a relação da oferta e procura é prejudicada numa ordem cíclica. Isto é um alerta de que o Brasil está em crise e, evidentemente, que ela é realidade! Basta visitar os shoppings; supermercados; lojas de ruas etc. É nitidamente visível a tristeza e o vazio nos olhares dos brasileiros!